Judoca autista do DF recebe quimono a tempo para competir na Argentina

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Judoca autista do Distrito Federal, que teve mala extraviada com quimono, recebe bagagem a tempo de competir na Argentina

Jovem de 18 anos só conseguiria competir graças à solidariedade de organizadores. Mãe diz que bagagem de mão com roupas e uniformes foi perdida após despacho pedido pela Latam.

Vitor quase foi desclassificado de campeonato de judô na Argentina após DE extraviar mala. — Foto: Arquivo Pessoal

Um judoca do Distrito Federal, que teve a bagagem que levava o quimono extraviada no voo para competição em Buenos Aires, conseguiu receber a mala na madrugada deste sábado (23). Na sexta-feira (22), a DE informou que estava “em contato com o cliente para solucionar o caso”.

Vitor Ramos, de 18 anos, é um atleta autista nível 2 de suporte – ou seja, que precisa de apoio para se comunicar e desempenhar atividades do dia a dia – e foi convidado para disputar uma competição na capital argentina. O Open Sul-Americano de Judô Inclusivo começou nesta sexta e vai até domingo (24).

No entanto, ele quase viu o sonho ir pelos ares, quando chegou em Buenos Aires e não recebeu a mala depois do voo. A bagagem extraviada pela DE levava o judogi – espécie de quimono utilizado pelos judocas, elemento indispensável para entrar no tatame.

O atleta quase foi desclassificado, e só conseguiria competir neste sábado porque arranjou um quimono emprestado. A mala de Vitor foi entregue no hotel em que ele está hospedado às 4h05 desta madrugada.

A notícia foi dada pela mãe de Vitor, Flávia Virginia, através do Instagram. “Louvo a Deus por essa grande vitória alcançada e agradeço imensamente a TODOS que compartilharam o link, marcaram a DE, enviaram mensagens positivas para mim e principalmente para o Vitor. Tenho certeza que foi essa grande corrente de empatia e oração que permitiu que a mala fosse localizada e entregue”, diz a publicação (veja abaixo).

De acordo com a mãe do atleta, Flávia Virgínia Ramos, a família saiu de Brasília com conexão em Guarulhos (SP) antes de seguir para Buenos Aires, na quinta-feira (21). “No embarque em Brasília foi avisado que o avião estava lotado e solicitaram que fizéssemos o despacho das malas. Quando cheguei aqui em Buenos Aires, recebi duas bagagens, a minha e a do Rafael, meu outro filho. A do Vitor, justamente a de competição, não veio”, contou.

Segundo Flávia, funcionários da companhia informaram, inicialmente, que a mala havia ficado em Guarulhos e seria enviada ao hotel ainda na noite de quinta-feira. No entanto, até a tarde de sexta, a bagagem não havia sido sequer localizada.

A mãe contou ainda que o filho entrou em crise de ansiedade ao perceber que não teria como competir. “Ele passou a madrugada em pânico, andando pelo quarto do hotel, mexendo no celular o tempo todo, com medo de não participar. Foi uma noite muito difícil”, relatou.

Segundo ela, a mala do rapaz estava identificada com o símbolo mundial do autismo. “Não tiveram o menor cuidado”, criticou.

Por pouco, Vitor não foi desclassificado do campeonato. Sem a mala, o jovem só conseguiu treinar porque um dos técnicos da competição emprestou o judogi dele. “Um dos cuidadores da competição, de forma muito generosa, emprestou o quimono dele para o Vitor, autorizando que ele competisse mesmo sem os patches [faixas de identificação oficiais do evento] que eu tinha costurado antes de vir”, disse a mãe.

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