A Justiça de Los Angeles adiou, na quinta-feira, 17, a audiência que analisaria uma possível nova sentença para Lyle e Erik Menendez, condenados à prisão perpétua pelo assassinato dos pais em 1989. O juiz responsável pelo caso marcou para 9 de maio uma audiência de moções, na qual será debatida a admissibilidade de um relatório de avaliação de risco elaborado pela comissão de liberdade condicional da Califórnia.
A reavaliação da sentença pode abrir caminho para que os irmãos, presos há 35 anos, se tornem elegíveis para a liberdade condicional. A possibilidade é criticada pelo procurador do Condado de Los Angeles, Nathan Hochman.
O advogado Mark Geragos, que representa um dos irmãos, defendeu o pedido. “Com base na análise que fizemos, com base em moções que apresentei nos últimos 25 anos e ganhei neste condado, esta é uma moção de afastamento tão justa quanto todas que eu já tive”, afirmou. A moção será analisada também na audiência marcada para maio.
Condenados em 1996 por assassinato em primeiro grau, Lyle e Erik Menendez cumprem pena sem direito a liberdade condicional. Eles foram considerados culpados por matar os pais, José e Kitty Menendez, na casa da família em Beverly Hills, em 20 de agosto de 1989. Na época do crime, Lyle tinha 21 anos e Erik, 18.
O caso ganhou grande repercussão nos Estados Unidos durante os anos 1990, em parte por envolver filhos de um influente executivo da indústria do entretenimento, em um contexto de riqueza e privilégios.