Juiz defere medidas protetivas a professor agredido por impedir uso de celular
Os dois alunos devem ficar ao menos 300 metros de distância do docente e estão
proibidos, também, de manter contato com o docente
A 2ª Vara da Infância e da Juventude do Distrito Federal deferiu, nessa
quarta-feira (12/3), medidas protetivas de urgência ao professor que foi
agredido por dois alunos após impedir uso de celular em sala de aula
em uma escola pública do Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF).
Os dois alunos devem ficar ao menos 300 metros de distância do docente e estão
proibidos, também, de manter contato com ele por qualquer meio de comunicação,
incluindo mensagens por aplicativos. Eles estão proibidos de frequentarem a casa
e a escola onde o professor trabalha. As medidas cautelares têm validade de 180
dias.
A decisão da 2ª Vara da Infância e da Juventude do DF, expedida em ação movida
pelo Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF), cita “extrema
brutalidade do ataque” contra o professor, que possui deficiência.
O docente sofreu lesões, especialmente na região ocular, onde tem condição
pré-existente. O professor, desde a agressão, ocorrida no dia 18 de fevereiro,
enfrenta abalo psicológico e apresenta sintomas de transtorno de estresse
pós-traumático.
Durante a aula de português no Centro Educacional Vale do Amanhecer, o professor
pediu para que um dos alunos entregasse o celular, que seria devolvido aos pais,
com base na legislação. O docente contou que, no final do turno, o aluno o ameaçou, dizendo que, se o celular não fosse devolvido, ele resolveria “de outra forma”.
Depois do expediente, o aluno e um outro estudante agrediram o professor com
socos na cabeça, costas e rosto.
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