Juiz determina que Eduardo Leite retire vídeo com Chico Buarque das redes sociais

A Justiça do Rio determinou que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), remova de suas redes sociais um vídeo onde utiliza a imagem do cantor e compositor Chico Buarque, sem autorização.

A liminar foi dada pelo juiz Fernando Rocha Lovisi, do 6º Juizado Especial Cível do Rio, que reconsiderou uma decisão anterior assinada por ele.

“Melhor examinando os autos, a utilização da imagem e nome do Autor, vinculados e em benefício do primeiro Réu, nas redes sociais, está comprovada”, escreveu o juiz.

O juiz mudou de posição após o pedido de uma análise feita pelo advogado João Tancredo, que representa Chico Buarque no processo, e concluiu que a manutenção do vídeo, a contragosto do música, será de difícil reparação para a sua imagem.

A pena em caso de descumprimento é de R$ 5 mil por dia.

Danos morais

O cantor entrou com uma ação pedindo indenização por danos morais após ser citado em um vídeo divulgado por Eduardo Leite na véspera de 7 de setembro, quando estavam previstas as manifestações em favor e contra o presidente Jair Bolsonaro. Na gravação, o tucano fala que o Brasil ”precisa voltar para o centro, para além da polarização política”.

“Basta ver em Chico Buarque e Sérgio Reis duas belezas musicais, e não só duas escolhas políticas. Basta lembrar que nós, assim como eles, somos todos brasileiros”, diz o governador no vídeo.

A defesa do cantor diz que a imagem e o nome foram utilizados em um ”anúncio publicitário e eleitoreiro”. “Registre-se que Chico Buarque, em sua longa trajetória profissional, jamais realizou ou participou de qualquer evento publicitário”, diz um trecho do processo.

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STF homologa plano para melhorar condições de presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu homologar o Plano Pena Justa, elaborado pelo governo federal e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para enfrentar os problemas encontrados nos presídios do país. A questão foi decidida em sessão virtual do plenário, que foi encerrada no último dia 19.

O plano foi protocolado em setembro deste ano no âmbito da ação na qual o Supremo determinou a elaboração de um plano nacional de enfrentamento aos problemas dos presídios brasileiros, como superlotação de detentos e disputas entre facções.

A determinação ocorreu em outubro de 2023, quando o STF estabeleceu o estado de coisas inconstitucional nas prisões do Brasil.

Com a decisão, a União e os estados foram obrigados a elaborar um plano para enfrentar os problemas do sistema penitenciário.

O Plano Pena Justa é composto por quatro eixos que tratam do controle de entrada e das vagas no sistema prisional; qualidade dos serviços prestados e da estrutura, reintegração social e política para não repetição do estado de inconstitucionalidade apontado pelo STF.

O plano também apresenta indicadores e metas para os anos de 2025, 2026 e 2027.

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