Juiz determina retorno do “Faraó dos Bitcoins” ao Sistema Penitenciário Federal por três anos

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O juiz Nilson Luis Lacerda da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa do Rio determinou, na noite desta segunda-feira, que Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó dos Bitcoins”, retorne ao Sistema Penitenciário Federal (SPF) por um período de três anos. Além disso, a decisão estabelece que ele permaneça em Regime Disciplinar Diferenciado no Presídio Laércio da Costa Pelegrino, mais conhecido como Bangu 1, até que seu reingresso no SPF seja efetivado. Após estar sob custódia no Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná, Glaidson foi transferido para o sistema penitenciário do Rio de Janeiro na última sexta-feira.

De acordo com o advogado Thiago de Souza Cardoso Lemos, responsável pela defesa de Glaidson, qualquer retorno do cliente ao sistema federal implicaria em novos fatos surgirem no processo, o que ainda não foi o caso:

Para o advogado Luciano Regis, assistente de acusação no processo, a decisão do juízo da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa é crucial para afastar qualquer risco à sociedade:

A Vara de Execuções Penais de Catanduvas ressaltou a importância de que o interrogatório de um réu preso no sistema penitenciário federal ocorra por videoconferência, caso contrário, o detento pode ser devolvido ao sistema estadual. Dessa forma, se não houver uma revisão dos acordos entre as esferas federal e estadual, Glaidson permanecerá preso no Rio de Janeiro.

A decisão da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, que determinou a permanência de Glaidson em uma penitenciária federal, é baseada no risco que ele representaria à segurança pública do Rio de Janeiro, incluindo seu suposto envolvimento em orientar comparsas a continuarem com atividades criminosas envolvendo fraudes com criptomoedas.

A documentação revela que desembargadores da 8ª Câmara Criminal do TJRJ já haviam negado um pedido de habeas corpus para Glaidson, reforçando a necessidade de sua permanência no sistema penitenciário federal até a data estabelecida. O Ministério Público do Rio de Janeiro argumentou que o preso ainda representava um alto risco devido à sua liderança em uma organização criminosa envolvida em diversas atividades ilícitas.

Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, foi preso em 2021 durante a Operação Kryptos da Polícia Federal, que investigava fraudes financeiras. O histórico do réu aponta para envolvimento em crimes graves, incluindo corrupção de agentes públicos, homicídios, e movimentação financeira significativa tanto no Brasil quanto no exterior. A decisão da 1ª Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa enfatiza a necessidade de manter Glaidson no sistema federal de segurança máxima devido ao risco que ele representa.

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