Juiz determina transferência de chefes do tráfico para presídios federais no Rio

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O juiz titular da Vara de Execuções Penais (VEP) do Tribunal de Justiça do Rio, Rafael Estrela Nóbrega, determinou a transferência para presídios federais de sete dos dez chefes do tráfico, relacionados pelas autoridades policiais do estado. Entre os detentos estão Arnaldo da Silva Dias, Carlos Vinicius Lírio da Silva, Eliezer Miranda Joaquim, Fabrício de Melo Jesus, Marco Antônio Pereira Firmino da Silva, Alexander de Jesus Carlos e Roberto de Souza Brito, conhecido como Irmão Metralha. A decisão foi anunciada nesta terça-feira e visa combater a influência desses criminosos no comando de ações ilícitas nas ruas do Rio de Janeiro.

A transferência dos presos acontece após o governador Cláudio Castro apontá-los como integrantes do Comando Vermelho, responsáveis por ordens de dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó, como sequestros de ônibus e bloqueios de vias públicas. A partir da Operação Contenção realizada pelas polícias civil e militar, foi solicitada a mudança dos detentos para presídios federais, a fim de romper a comunicação com a facção criminosa e garantir a segurança e ordem no sistema prisional.

No entanto, a transferência de dois dos detentos, Wagner Teixeira Carlos e Leonardo Farinazzo Pampuri, está pendente da manifestação da Secretaria de Polícia Civil. Enquanto o décimo preso, o cabo da Marinha Riam Maurício Tavares Mota, que foi acusado de operar drones para o Comando Vermelho, aguarda julgamento no juízo de Organização Criminosa. O juiz Rafael Estrela Nóbrega aguarda mais informações para fundamentar a transferência de acordo com a legislação vigente.

Segundo dados das condenações, os detentos requisitados para transferência possuem longas penas a cumprir por crimes relacionados ao tráfico de drogas. Com penas que ultrapassam 50 anos, a decisão do juiz visa assegurar a ressocialização da pena, ao mesmo tempo em que protege a sociedade da reincidência e da coordenação de atividades criminosas realizadas do cárcere. As transferências para presídios federais buscam interromper a influência desses líderes no ambiente prisional e restabelecer a efetividade da punição.

Diante da relevância do caso, o juiz destacou a importância de harmonizar a ressocialização dos detentos com a segurança do sistema prisional, enfatizando o compromisso com o interesse coletivo. Após a realização da Operação Contenção, que resultou na detenção dos chefes do tráfico, a justiça atua para garantir a manutenção da ordem e da segurança pública. A transferência dos presos para presídios federais marca um importante passo no combate ao crime organizado no estado do Rio de Janeiro.

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