Juíza é atacada após negar liberdade condicional a homem acusado de agressão

Juíza é atacada após negar liberdade condicional a acusado de agressão

Juíza é atacada após negar liberdade condicional a homem acusado de agressão

Uma juíza do condado de Clark, em Las Vegas, nos Estados Unidos, foi atacada por um réu após negar liberdade condicional e sentenciá-lo a prisão. O ataque ocorreu durante o julgamento do acusado de agressão agravada com lesões corporais substanciais nesta quarta-feira, 3, e foi filmado por câmeras de segurança do local.

Nas imagens, é possível ver o momento em que o defensor de Deobra Redden, 30, solicita à juíza Mary Kay Holthus a liberdade condicional do réu, dizendo que “valia o risco” e que o cliente havia passado por tratamento psiquiátrico. Registros da corte mostram que o acusado havia passado por uma avaliação e que estaria apto a julgado.

A juíza agradeceu o pedido, mas negou e diz achar que “é hora de ele [o réu] sentir o gosto de outra coisa, não posso ignorar esse histórico”. Neste momento, Deobra xingou a defensora e correu em direção à mesa onde ela estava, saltando por cima da bancada mirando as mãos no pescoço dela. Um funcionário do tribunal, que estava ao lado do defensor, tentou parar as agressões e precisou ser ajudado por seguranças que estavam no local.

O acusado bateu nos envolvidos e recebeu socos ao ser contido pelos demais. Segundo a porta-voz do tribunal, a juíza sofreu alguns ferimentos e está “sendo monitorada” por uma equipe médica. Um policial também ficou ferido no ataque e precisou ser levado ao hospital com ferimentos leves.

“Enviamos nossos mais sinceros votos de melhoras à juíza do Tribunal Distrital Mary Kay Holthus e ao delegado ferido em seu tribunal hoje. A sua dedicação à justiça e ao tribunal é verdadeiramente louvável. Desejamos a ambos uma rápida recuperação”, afirmou a Procuradoria-Geral de Nevada no X, antigo Twitter.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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