Juíza nega pedido de governo Trump em caso de homem deportado por engano
Kilmar Abrego Garcia, um cidadão salvadorenho, foi enviado para a prisão em El Salvador por engano no mês passado. A Justiça dos Estados Unidos ordenou o retorno do imigrante aos EUA, porém o governo de Donald Trump pediu uma pausa nessa ordem.
A juíza Paula Xinis, do Tribunal de Maryland, negou a moção do governo americano e instruiu que Kilmar Abrego Garcia deveria ser devolvido aos EUA até às 23h59 da segunda-feira (7). Mesmo com a apelação da administração Trump, Xinis afirmou que sua decisão permanece em vigor, destacando que não há motivos legais para a prisão, detenção ou remoção do imigrante.
No documento elaborado pela juíza, que se manifestou sobre a detenção ilegal de Kilmar Abrego Garcia, ela ressaltou que não havia evidências de que o mesmo fosse procurado por crimes em El Salvador. A ordem de retorno do deportado gerou polêmica e críticas, sendo a juíza chamada de “marxista” por alguns setores.
O governo de Trump também feceu uma petição de emergência no Quarto Tribunal de Apelações do Circuito, buscando bloquear o pedido de retorno de Kilmar Abrego Garcia. O Departamento de Justiça dos Estados Unidos tomou medidas disciplinares em relação a um dos seus advogados, que não atuou de forma adequada no caso do deportado por engano.
A Procuradora-Geral Pam Bondi destacou a importância da defesa vigorosa dos interesses dos Estados Unidos, indicando que o advogado responsável pelo caso não agiu conforme o esperado. Este episódio levantou discussões sobre a atuação das autoridades em casos de deportação, especialmente no contexto da imigração nos EUA.
Com informações da Reuters, a decisão da juíza Paula Xinis ressalta a importância de garantir os direitos e a devida assistência legal aos imigrantes, independente de eventuais erros administrativos. A polêmica em torno do caso de Kilmar Abrego Garcia reflete as complexidades e desafios enfrentados na área da imigração e das políticas governamentais nos Estados Unidos.