O quarto dia do julgamento da Chacina do Curió está em andamento, com sete policiais militares como réus no processo, que investiga a tragédia que resultou na morte de 11 pessoas em Fortaleza. A sessão foi retomada nesta quinta-feira (28) e contou com o depoimento da terceira testemunha de defesa, seguido pelo início do depoimento da quarta testemunha. O crime ocorreu em 2015 na região da Grande Messejana, causando comoção e indignação na comunidade.
Neste quarto dia de julgamento, os jurados estão analisando a participação dos sete policiais acusados no que é conhecido como o ‘Núcleo da Omissão’. Segundo a denúncia do Ministério Público do Ceará, esses policiais estavam de serviço na região onde a chacina ocorreu e falharam em agir para evitar o crime, mesmo tendo o dever legal de intervir. O procurador-geral de Justiça do Ceará, Haley Carvalho, detalhou que a responsabilização desses réus é buscada devido à sua omissão no momento do crime.
Os sete réus estão sendo julgados por múltiplos homicídios qualificados, tentativas de homicídio, tortura física e psicológica. O processo envolveu inicialmente 45 policiais militares, mas após diversas etapas, 30 deles foram designados para ir a júri, sendo 20 já julgados. A movimentação no caso da Chacina do Curió teve início em 2023 e foi desmembrado em fases para agilizar os julgamentos.
Além disso, houve condenações de outros policiais militares anteriormente, incluindo penas de 275 anos e 11 meses de prisão para alguns réus, devido à participação nos crimes cometidos na Chacina do Curió. As etapas anteriores do julgamento resultaram em condenações e absolvições, demonstrando a complexidade e a importância da justiça para as vítimas e suas famílias.
O impacto da Chacina do Curió na comunidade de Fortaleza ainda é sentido, com familiares das vítimas prestando homenagens e buscando justiça. A sequência de julgamentos revela a busca por responsabilização e punição para os envolvidos na tragédia, visando trazer algum tipo de alívio e reparação para aqueles afetados pelo terrível acontecimento. É fundamental que casos como esses sejam investigados e julgados com transparência e rigor para que a justiça seja devidamente aplicada.