O processo que envolve o julgamento de Bolsonaro será analisado pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal em um total de cinco sessões, distribuídas ao longo de duas semanas, nos dias 2, 3, 9, 10 e 12 de setembro. No entanto, existe a possibilidade de que o julgamento não seja concluído na data estabelecida pela corte. De acordo com a programação detalhada pelo tribunal, o julgamento será dividido em três etapas, incluindo sustentações orais e leitura de votos sobre a condenação ou absolvição.
A primeira sessão terá início com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes, seguido pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, que terá até duas horas para apresentar a acusação. As defesas terão a oportunidade de realizar sustentações orais, sendo os advogados de Mauro Cid os primeiros a se pronunciarem. Os demais advogados seguirão em ordem alfabética.
Após as manifestações, os votos serão lidos, sendo Moraes o primeiro a se pronunciar, seguido pelos demais ministros da Primeira Turma. A decisão será tomada por maioria de votos, e em caso de condenação, Moraes fará uma proposta de penas a serem votadas. Existe a possibilidade de o julgamento se estender além do prazo previsto pelo STF, no dia 12 de setembro, caso haja divergências nos votos.
Os oito réus considerados parte do ‘núcleo crucial’ da organização criminosa incluem três generais do Exército, ex-ministros e ex-diretores de órgãos como a Abin. As acusações contra Bolsonaro incluem liderança de organização criminosa e tentativa de golpe de Estado. A defesa do ex-presidente nega as acusações, argumentando a falta de provas contundentes e classificando a delação de Mauro Cid como sem credibilidade.
Caso seja condenado por todos os crimes, Bolsonaro poderá enfrentar uma pena que ultrapassa os 40 anos. O julgamento foi agendado após cumpridas as etapas necessárias, como depoimentos e interrogatórios. Bolsonaro aguarda a decisão em prisão domiciliar, decretada por descumprimento de medida cautelar.