O julgamento de Lucas Paquetá, acusado de violar regras de apostas, está marcado para março e deve durar três semanas, segundo informações da Sky Sports. A Football Association (FA) busca um banimento vitalício do jogador, enquanto Paquetá nega as acusações. O caso envolve quatro partidas da Premier League, ocorridas entre novembro de 2022 e agosto de 2023, contra Leicester City, Aston Villa, Leeds United e Bournemouth.

Alegações e investigação

As acusações da FA, apresentadas em 2024, afirmam que Paquetá tentou influenciar o andamento dos jogos ao buscar receber cartões amarelos para afetar o mercado de apostas, permitindo lucros a terceiros. A audiência será conduzida por um Comitê Independente, que emitirá o veredito final. Tanto a FA quanto a defesa de Paquetá poderão recorrer, incluindo a possibilidade de apelação ao Comitê de Apelações na Inglaterra e, em última instância, à Corte Arbitral do Esporte (CAS) na Suíça. A sentença final pode demorar mais de um ano para ser anunciada.

Os jogos investigados ocorreram em datas específicas: Leicester City em 12 de novembro de 2022, Aston Villa em 12 de março de 2023, Leeds United em 21 de maio de 2023 e Bournemouth em 12 de agosto de 2023. As apostas foram feitas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o jogador nasceu. Uma das apostas, de apenas 7 libras, gerou ganhos significativos para os apostadores, chegando a 100 mil libras, após Paquetá receber um cartão amarelo em uma das partidas.

Em casos semelhantes, jogadores foram severamente punidos. O zagueiro Kynan Isaac, do Stratford Town, foi suspenso por dez anos, enquanto Bradley Wood, do Lincoln City, foi afastado por seis temporadas após receber cartões amarelos propositais.