Miliciano Zinho e seus cúmplices estão prestes a enfrentar o tribunal popular devido ao assassinato do ex-vereador Jerominho, em uma disputa pelo controle das atividades do grupo paramilitar atuante na Zona Oeste do Rio. A Justiça decidiu levar a julgamento Zinho e outros três comparsas pelos assassinatos de Jerônimo Guimarães Filho e seu cunhado, Mauricio Raul Atallah, ocorridos em agosto de 2022. A denúncia do Ministério Público estadual aponta que a motivação do crime foi a disputa pelo controle das atividades do grupo paramilitar, que impõe taxas ilegais aos moradores e comerciantes.
Além de Jerominho, os executores diretos dos homicídios, Rodrigo dos Santos, Paulo David Guimarães Ferraz Silva e Yuren Cleiton Felix da Silva, foram pronunciados e responderão por duplo homicídio qualificado. Naval e Costelinha também são acusados de organização criminosa. O MP afirma que Zinho ordenou o assassinato de Jerominho após este manifestar interesse em retomar o controle do grupo paramilitar. A Operação Dinastia, realizada em dezembro de 2023, trouxe à tona provas que sustentam a acusação.
O juiz manteve a prisão preventiva dos acusados e a data do julgamento ainda não foi marcada. Jerominho foi morto com tiros de fuzil em plena luz do dia, em Campo Grande, logo após sair de seu centro social. Zinho se entregou à Polícia Federal do Rio e foi transferido para o sistema penitenciário federal devido à sua periculosidade. Ele era considerado o “inimigo número 1” da polícia e assumiu o controle da maior milícia carioca após a morte de seu irmão, Ecko, em 2021.
Os desdobramentos desse caso envolvendo milicianos e assassinatos chocaram a população do Rio de Janeiro. A atuação desses grupos paramilitares, impondo taxas ilegais e controlando áreas da cidade, revela a dimensão da criminalidade no Estado. O julgamento desses criminosos é aguardado como um passo importante na luta contra a violência e a impunidade. Espera-se que a justiça seja feita e que casos como esse sirvam como exemplo para coibir a atuação dessas organizações criminosas no Rio de Janeiro.