Julgamento de Maurício Sampaio será em júri popular

Nesta terça-feira (27), ficou decidido que o julgamento do ex-dirigente do Atlético Goianiense, Maurício Sampaio, será em júri popular. Ele responderá pelo crime de homicídio qualificado do jornalista Valério Luiz, em 2012. O juiz Lourival Machado, da 4ª Vara dos Crimes Dolosos contra a Vida foi quem confirmou a sentença de pronúncia.

O Ministério Público acusa Maurício de ser o mandante do homicídio contra o radialista. A razão seria as críticas feita pelo jornalista esportivo ao time e à diretoria do clube. Valério participava de programas em rádio e na televisão. Por sua vez, a defesa considera as acusações infundadas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski já havia negado, na segunda-feira, o Habeas Corpus da defesa que pedia a anulação da decisão de levar o julgamento a júri popular. O Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ) já haviam negado os pedidos contra a pronúncia feitos pelos advogados de Maurício Sampaio.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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