Brasileiras que caiu em trilha de vulcão na Indonésia tinha sonho de fazer
mochilão, diz amiga de Juliana Marins
Flávia Dela Libera Vieira e Juliana Marins se conheceram em 2016 no curso de Direito na Universidade Federal de Uberlândia e se tornaram amigas. Juliana caiu durante uma trilha ao vulcão Rinjani e turistas que passavam pelo local conseguiram encontrar a família por meio das redes sociais.
Fazer um mochilão era um sonho para Juliana Marins, segundo a advogada Flávia Dela Libera Vieira, amiga da brasileira que caiu em trilha de um vulcão na Indonésia. As duas se conheceram em 2016, quando dividiram a sala de aula no curso de Direito da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), no Triângulo Mineiro.
“Ela estava muito feliz, fazer um mochilão era algo que fazia sentido para a vida dela, um sonho, ela sempre foi muito expansiva e eu estava muito muito feliz por ela”, disse Flávia.
Juliana, de 26 anos, caiu durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok. O acidente aconteceu na madrugada de sábado (21), pelo horário local e início da noite de sexta-feira (20), no horário de Brasília.
Depois de cair e rolar pela montanha, Juliana foi parar a uma distância de cerca de 500 metros da trilha. Ela aguardava o resgate, que não pode ser feito a pé, a mais de 48 horas.
Ao Diário do Estado, em meio a lágrimas e risadas Flávia disse que logo de cara se tornou amiga de Juliana. Entre os jovens vindos de várias cidades para estudar Direito na UFU, Flávia relembrou que o que a aproximou da carioca de Niterói (RJ) foi o jeito expansivo, alegre e divertido.
“Acho que a gente se completa. Ela é uma pessoa muito simpática, muito aberta e divertida. Por outro lado eu sou mais reservada. Acho que acabava havendo um balanceamento entre nós”, contou a advogada.
Segundo Flávia, elas ficavam o tempo todo juntas, estudavam para as provas e se ajudavam nas diversas situações. Contudo, ao fim do primeiro semestre Juliana viu que o curso não combinava com sua personalidade, retornou para Niterói e passou a estudar Comunicação na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A informação foi confirmada pela Diretoria de Administração e Controle Acadêmico da UFU.
“Mesmo depois que ela se mudou de Uberlândia continuamos muito próximas. Nos falávamos sempre que dava e nos atualizávamos da vida uma da outra. Eu sempre ia ao Rio para vê-la, então digo que os momentos que estávamos juntas eram todos especiais.”
A última vez que Flávia e Juliana estiveram juntas foi em novembro de 2024 em um festival que aconteceu em Petrópolis.
O acidente ocorreu no sábado (21). Juliana fazia a trilha com um grupo de turistas e um guia local ao vulcão Rinjani, em Lombok, na Indonésia, quando, segundo a família, ficou sozinha após dizer que estava cansada. O guia teria seguido viagem sem esperar pela brasileira, que acabou caindo em um desfiladeiro.