Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa The Noite, fez uma denúncia grave contra o apresentador Otávio Mesquita, alegando estupro durante uma gravação em 2016. Segundo ela, Mesquita teria tocado seus seios e região íntima sem consentimento, imobilizado com as pernas e simulado uma relação sexual no palco. Juliana revelou que denunciou o caso à equipe do programa na época e, em seguida, foi escondida em banheiros para evitar qualquer contato com Mesquita. Essa situação controversa gerou uma série de debates sobre a conduta do apresentador e a segurança no ambiente de trabalho.
Ao relatar o ocorrido, Juliana Oliveira lamentou a falta de apoio que recebeu da produção do The Noite e do próprio Otávio Mesquita. Ela ressaltou em vídeo publicado nas redes sociais que a frequência das invasões do apresentador ao programa e a sua consequente reclusão no banheiro a fizeram sentir como se fosse a culpada da situação. A ex-assistente de palco de Danilo Gentili destacou a importância de expor casos de abuso e violência, especialmente no contexto profissional, onde a vulnerabilidade das vítimas muitas vezes é ignorada.
No entanto, Otávio Mesquita afirmou que o ocorrido foi uma brincadeira combinada e pediu desculpas caso tenha sido mal interpretado. Ele ainda prometeu processar judicialmente Juliana Oliveira, argumentando que a situação foi distorcida de sua real intenção. Enquanto isso, os advogados de Juliana enfatizam que houve uso de força física e ausência de consentimento por parte da vítima, o que a expôs a uma humilhação pública com a exibição do episódio em questão.
Mesmo formalizando uma representação criminal no Ministério Público de São Paulo, Juliana Oliveira afirma que foi ignorada pela direção do SBT ao reportar o caso. Somente em 2020, após cobrar uma postura mais assertiva de Danilo Gentili em outra situação de denúncia, a ex-assistente de palco viu uma mudança de atitude por parte da produção do The Noite. A partir desse momento, ela não foi mais trancada no banheiro e Otávio Mesquita não invadiu o programa. Essa reviravolta evidencia a importância de ouvir e apoiar as vítimas de abuso e violência, garantindo um ambiente de trabalho seguro e respeitoso para todos os profissionais envolvidos.