Empresário é condenado a 30 anos de prisão por matar a ex-mulher na presença da filha
Juliano José Rodrigues Martins foi condenado pelos crimes de feminicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e furto qualificado. O feminicídio aconteceu em 12 de outubro de 2022.
Juliano Martins e Sandra Nunes, em Itaguari Goiás — Foto: Reprodução/Facebook
O empresário Juliano Rodrigues Martins foi condenado a 32 anos de prisão e 30 dias-multa pelos crimes de feminicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e furto qualificado. Juliano foi fulgado por ter matado a ex-companheira Sandra Nunes a tiros, atirar no irmão dela e furtar a arma de um policial em Itaguari, no Centro de Goiás.
Em nota, o advogado do empresário disse que recebeu com serenidade e respeito a sentença proferida e que irá recorrer da decisão (leia a nota na íntegra ao fim do texto).
O empresário foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes a que foi condenado e também por cárcere privado. Na sentença, o juiz julgou parcialmente procedente a denúncia e absolveu o réu pelo crime de cárcere.
O documento determinou uma pena para cada um dos três crimes citados. São elas: 24 anos de prisão por feminicídio contra Sandra Gonçalves Nunes, sua ex-companheira; 6 anos de prisão por tentativa de homicídio qualificado contra o irmão da vítima; 2 anos de prisão e multa por furto qualificado, pelo roubo da arma de um colega policial.
A pena de feminicídio deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, a de 6 anos em semiaberto e condenação por roubo em regime aberto. Segundo a defesa, o empresário está preso em uma unidade prisional em Itauçu.
Além dessas medidas, a Justiça atendeu o pedido do MP e determinou o pagamento de uma indenização de R$ 50 mil para filha de Sandra e Juliano.
Empresário é condenado a 30 anos de prisão por matar a ex-mulher na presença da filha
Juliano Rodrigues Martins foi condenado pelos crimes de feminicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado e furto qualificado. O feminicídio aconteceu em 12 de outubro de 2022.
O delegado Kahlil Nogueira contou que o empresário estava bebendo com o amigo policial no depósito de gás que é dono, na época do crime. Depois, esperou o homem dormir para furtar a arma e trancá-lo em uma sala, mas o acusado foi absolvido da acusação de cárcere.
A vítima Sandra Gonçalves foi atingida com ao menos três disparos na presença da filha do casal e chegou a ser socorrida. Ela foi levada para o hospital municipal da cidade, mas não resistiu aos ferimentos.
Segundo a denúncia, o empresário tentou assassinar o irmão de Sandra pouco antes de efetuar os disparos contra a vítima.
Na decisão em que recebeu a denúncia do Ministério Público, em 17 de novembro, o juiz Renato Pinheiro ressaltou que “sob a justificativa de uma suposta traição, Juliano foi até a casa de Sandra Gonçalves Nunes, entrou pelo portão que tinha as chaves, pulou a janela e, posteriormente, efetuou disparos contra ela, causando-lhe a morte”.
A Defesa técnica informa que recebeu com serenidade e respeito a sentença proferida pelo Tribunal do Júri da Comarca de Taquaral de Goiás. No pleno exercício do direito constitucional ao duplo grau de jurisdição, interpusemos Recurso de Apelação, que será submetido à apreciação do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Goiás, após a devida apresentação das razões recursais.
Considerando a complexidade da causa, entendemos que tanto a decisão quanto as provas produzidas merecem reanálise em instância superior, a fim de que se promova uma apreciação ainda mais ampla e aprofundada do conjunto fático e jurídico dos autos. Reiteramos nossa plena confiança na Justiça, na importância do Tribunal do Júri e na elevada missão jurisdicional do Poder Judiciário Goiano.