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Junho Lilás alerta sobre a importância do teste do pezinho em recém-nascidos

Última atualização 05/06/2024 | 16:36

O mês de junho, denominado Junho Lilás, destaca-se pela conscientização sobre a importância do teste do pezinho. No dia 6 é celebrado o Dia Nacional do Teste do Pezinho, instituído pela Lei nº 11.605/2007, com o objetivo de informar a população sobre o Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN).

A coordenadora médica da pediatria do Hospital e Maternidade Dona Iris (HMDI), Fabiana Calaça, explica que a Triagem Neonatal Biológica (TNB), popularmente conhecida como teste do pezinho, nas maternidades municipais de Goiânia é realizada no leito após 48 horas de vida do bebê. Em 2023, as três maternidades da Prefeitura de Goiânia realizaram, juntas, mais de 6,7 mil testes, reafirmando a relevância desse exame para a saúde dos recém-nascidos.

“A coleta de sangue do calcanhar permite identificar doenças graves como hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria e hemoglobinopatias. É um exame simples, de fácil execução, crucial para a prevenção de sequelas, inclusive intelectuais, e até óbitos, caso as doenças diagnosticadas não sejam tratadas a tempo”, destaca Fabiana Calaça.

A médica explica que, caso o resultado apresente alterações, é solicitada uma recoleta pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que entra em contato com a mãe e com o local de coleta do teste. “Se o recém-nascido tiver alta antes de coletar, é dado o pedido para a mãe retornar à unidade e fazer a coleta ou ir até o posto de saúde mais próximo de sua residência para fazer o teste em até 7 dias de vida do bebê”, esclarece Fabiana.

Fabiana destaca que o Dia Nacional do Teste do Pezinho visa conscientizar a população brasileira sobre os objetivos do Programa Nacional de Triagem Neonatal, incorporado ao SUS em 1992, que busca realizar ações preventivas como diagnóstico precoce, tratamento e acompanhamento médico de doenças graves para evitar deficiências e até mesmo a morte dos recém-nascidos no país.

Obrigatoriedade
Em 2021, a Lei nº 14.154 ampliou para 50 o número de doenças raras que podem ser diagnosticadas pelo Teste do Pezinho, reforçando a necessidade de sua realização, que é obrigatória no Brasil. Entre as principais doenças identificadas pelo teste estão fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doenças falciformes, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase.