Junho Vermelho: Banco de Sangue do Hospital de Câncer Araújo Jorge, pede doação de sangue

Na manhã dessa quinta-feira, policiais, bombeiros, guardas e agentes de trânsito se uniram para ajudar o Banco de Sangue do Hospital de Câncer Araújo Jorge. Iniciativa integra a campanha Junho Vermelho, que reforça a doação de sangue na instituição, uma vez que a pandemia contabiliza diminuição de 30% no número médio de doadores.

A biomédica do Banco de Sangue do Hospital de Câncer Araújo Jorge, Kelly Alves reforça que desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) sugeriu o isolamento social como forma de prevenir o avanço da Covid-19, a unidade tem sentido no estoque o impacto da quarentena: “nesse momento o junho vermelho, está sendo uma campanha muito importante. Tivemos uma queda significativa, levando em consideração que o Hospital atende muitos pacientes de fora também. Importante que o máximo de pessoas possam ajudar nossa instituição. A verdade é que estamos sempre no limite do banco de sangue, mas dessa vez a queda foi muito grande”, alerta a biomédica.

O recuo deve afetar os pacientes oncológicos que, devido a natureza própria do tratamento, precisam de sangue diariamente. Das 160 pessoas atualmente internadas na unidade, estima-se que 45 façam uso diário do sangue armazenado no local. Só no Setor de Hematologia, por exemplo, 90% dos pacientes precisam, em algum momento de transfusão sanguínea. “Importante dizer que o sangue utilizado no hospital, deve ser doado diretamente ao nosso banco de sangue, do outro lado da rua. Doador deve trazer documento oficial com foto, ele vai passar por uma triagem, o procedimento é rápido, tranquilo, em menos de 30 minutos já encerrou todo o processo”, orienta Kelly.

 

Assista a entrevista completa:

https://www.youtube.com/watch?v=AQ88xX7WBII

 

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

Vídeo: Circulação de fake news fez Goiás cair índice a cobertura vacinal infantil

Devido às baixas procuras por vacinas, em função da pandemia de Covid-19 e circulação de fake news, Goiás deu início nesta segunda-feira, 8, à Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite e de Multivacinação para Atualização da Caderneta de Crianças e Adolescentes. O objetivo é reduzir o risco de transmissão de doenças imunopreveníveis, como a paralisia infantil, sarampo, catapora e caxumba. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%, ou seja, longe do ideal que 95%.

De acordo com a gerente do Plano de Nacional de Imunização (PNI) da Secretaria de Estado de Goiás, Clarice Carvalho, durante o período crítico da pandemia da Covid-1, no estado, muitos pais deixaram de levar as crianças até uma unidade de saúde para atualizar o cartão de vacinação. O medo, em parte, estava relacionado à doença, porém, a circulação de informações falsas contribuíram com o quadro.

“Muitas pessoas tinham receio de ir até uma unidade de saúde para se vacinar, mesmo estas unidades estando preparadas para acolher as pessoas. Ainda houve um receio, mas devido a circulação de fake news, informações incorretas, informações falsas, abordando a segurança da vacina”, explicou Clarice.

Para esse público, que ficou sem vacinar durante os últimos dois anos, os profissionais das Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) vão elaborar um plano para que o esquema vacinal fique completo.

Além disso, de acordo com a gerente do PNI, em Goiás, diversos municípios já atuaram ativamente para buscar as crianças que precisam de algum imunizante.

“Os municípios têm trabalhado sim nesta busca ativa, indo nas casas, principalmente, para vacinar as crianças de acordo com as doses programadas para a sua idade”, explicou Clarice.

*Entrevista completa ao final do texto*

Multivacinação Infantil

A Campanha de Multivacinação está aberta em todos os 246 municípios goianos, com objetivo de sensibilizar pais e responsáveis a levarem as crianças e adolescentes aos postos de saúde para completarem o cartão vacinal.

Dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) mostram que, nos últimos anos, as coberturas vacinais de todas as vacinas estão bem abaixo de 95%, meta preconizada pelo Ministério da Saúde (MS) para garantir a proteção coletiva de toda a população infantil. Este ano, a média da cobertura vacinal em Goiás está pouco acima dos 50%.

Risco

O Brasil já convive com a reintrodução de doenças que já haviam sido erradicadas. Dois anos depois da concessão do Certificado de País Livre do Sarampo, com a circulação do vírus dessa doença e a transmissão por mais de 12 meses consecutivos, o país perdeu essa certificação. De 2019 a 2020, foram 20 casos notificados em Goiás.

Também a difteria, que havia sido controlada, deixando de ser uma preocupação dos gestores de saúde, voltou a apresentar casos isolados. O último caso da doença havia sido notificado em 1998. Neste ano, foi registrado um caso da enfermidade, em Santa Helena de Goiás.

Com o vírus da poliomielite, também conhecida como paralisia infantil, circulando em países da África e diante das baixas coberturas registradas nas crianças brasileiras, existe o risco do retorno dessa doença, prevenida com apenas duas gotinhas da vacina Sabin.

O Brasil não cumpre, desde 2015, a meta de imunizar 95% do público-alvo vacinado contra a poliomielite, patamar necessário para que a população seja considerada protegida contra a doença.

Sarampo, tétano, difteria, poliomielite, tuberculose, coqueluche, meningites e várias outras doenças são prevenidas com vacinas seguras, testadas e usadas há mais de 30 anos com sucesso no Brasil.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp