Jurado passa mal e caso Valério Luiz tem julgamento adiado de novo

Jurado passa mal e caso Valério Luiz tem julgamento adiado de novo

O júri do caso Valério Luiz, que aconteceria na manhã desta terça-feira,14, foi suspenso após um dos sete jurados passar mal durante a sessão. Ele saiu do hotel onde estava, para preservar a incomunicabilidade, mas decidiu deixar o local, por conta própria. Com isso, foi dissolvido o Conselho de Sentença, o novo julgamento dos cinco réus foi remarcado, e acontecerá apenas no dia 5 de dezembro deste ano.

O jurado alegou que se sentiu mal, chegou a ser atendido pela equipe médica do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), mas disse que não teria condições de continuar. A sessão não chegou a ser iniciada. O juiz Lourival Machado da Costa, da 4ª Vara Criminal de Crimes Dolosos Contra a Vida, alinhou a nova data com os presentes. Segundo a assessoria do TJ-GO, a sessão foi remarcada apenas para daqui seis meses porque a sessão precisa contar com a disponibilidade de todos os que precisam estar presentes, incluindo promotores, advogados e testemunhas. Assim, seria preciso conciliar a agenda de todos e, por isso, a data de 5 de dezembro ficou definida.

A previsão era ouvir seis testemunhas nesta terça-feira, 14. O júri estava previsto para terminar na quarta-feira, 15. No total, 30 testemunhas serão ouvidas, no plenário do Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO). Quatro delas responderam às perguntas na segunda-feira, 13.

A sessão já foi adiada quatro vezes, sendo a última no dia 2 de maio, quando os advogados de defesa dos réus deixaram o plenário. Em 2019, o julgamento foi adiado sob alegação de falta de estrutura para um caso que exigiria grande acomodação. Segundo o advogado de acusação e filho da vítima, Valério Luiz Filho, um dos auditórios do TJ-GO chegou a ser reformado na época, o que levou alguns meses. Então, ficou definida, pelo juiz Lourival Machado, da 4ª Vara de Crimes Danosos Contra à Vida, uma nova data. Esta também foi adiada, mas por conta da pandemia. No dia 14 de março, o julgamento sofreu adiamento pela terceira vez porque o advogado de Sampaio abandonou o caso. Em maio deste ano, houve o quarto adiamento, quando os advogados de defesa abandonaram o plenário.

Relembre o caso Valério Luiz

Além de 30 testemunhas, o julgamento ouvirá cinco réus. Maurício Sampaio, acusado de ter encomendado a morte de Valério Luiz; Urbano Carvalho, que trabalhava para Maurício e é julgado por contratar o policial que teria executado Valério; Djalma Gomes, PM que, segundo a acusação, trabalhava como segurança de Maurício e recebia favores por isso; o açougueiro Marcus Vinícius Pereira Xavier, que teria colaborado com o planejamento do crime; e ainda Ademá Figueiredo, PM acusado de fazer os disparos que mataram o jornalista. Marcos Vinícius será ouvido pela internet, após solicitação da defesa, porque está em Portugal.

O jornalista Valério Luiz foi morto a tiros, aos 49 anos, no dia 12 de julho de 2012, quando saía da Rádio Bandeirantes 820 AM, onde trabalhava, no Setor Serrinha. A motivação para o crime seriam críticas que Valério fazia contra a gestão do Atlético Futebol Clube, do qual Maurício Sampaio era vice-presidente, na época.

 

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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