Justiça aceita ação do Ministério Público contra procurador de Barro Alto

Ex-prefeito, ex-primeira-dama e ex-presidente da ALBES são indiciados por irregularidades de servidores, em Goiatuba

A juíza Ana Paula de Lima Castro, da comarca de Barro Alto, recebeu a ação civil ajuizada pelo Ministério Público, por intermédio da Promotoria de Justiça de Barro Alto, contra o procurador Rosendo Franttezzy D´Felix Souza, para apurar irregularidades da época em que atuou como procurador do município, e simultaneamente como advogado de partes contrárias em processos judiciais.

De acordo com a ação civil pública, Rosendo, enquanto procurador, continuou defendendo os interesses da empresa GA Comércio de Combustível Ltda., em ação ajuizada em 2013 contra o município. Os promotores afirmam que em 2017 as partes firmaram um acordo de R$ 739.518, em cinco parcelas, burlando o artigo 100, parágrafo 8º da Constituição Federal.

Rosendo teria assistido a GA Comércio e o município de Barro Alto, representado pela advogada Viviane Divina Ferreira. Além disso, o Ministério Público diz que o procurador deixava de manifestar em autos judiciais em desfavor do município.

Segundo o site do MP de Goiás, “os promotores afirmam que a advogada Talita Fernanda Camilo da Mota ajuizou quatro ações de cobrança contra o município de Barro Alto, nos quais Rosendo apresentou somente contestação e se manteve inerte até a sentença de mérito e formação de título executivo judicial, que levou às requisições de pequeno valor na quantia total de R$ 43.967,90”.

A ação aceita pela Justiça pede a suspensão de contratos firmados entre o promotor acusado e o município de Barro Alto, a suspensão dos títulos executivos, bloqueio de bens e condenação por improbidade administrativa.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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