Justiça afasta perita e servidor de Caldas Novas que simularam atentado

A perita criminal e diretora da Polícia Científica de Caldas Novas, Káthia Mendes Magalhães e o servidor público municipal, Douglas Souza de Oliveira, foram afastados dos seus cargos pela Justiça a pedido do Ministério Público (MP), após forjarem um atentado no último dia 10 de março. Além disso, também foi determinada a quebra de sigilos telefônicos, a suspensão do porte de armas e o recolhimento das armas de fogo pelo prazo de seis meses. Em nota, a prefeitura de Caldas Novas disse irá dar cumprimento integral a decisão da justiça.

Káthia e Douglas são investigados por terem simulado um atentado contra a perita, na Rodovia GO-213, em Rio Quente. A versão inicial que a profissional apresentou era de que teria sido “fechada” por uma motocicleta, quando estava transitando pela rodovia. O passageiro da moto, segundo ela, teria descido e se aproximado do veículo efetuando três disparos de arma de fogo, sendo que um tiro a atingiu de raspão na região do ombro.

Investigação

Porém, a Polícia Civil (PC) descobriu que Káthia planejou o atentado contra sua vida, sendo executado em parceria com Douglas. A intenção da perita era obter uma transferência de lotação e progressão na carreira. Já Douglas concordou em atirar na perita para recuperar o cargo de servidor público.

Para executar o plano, foi utilizado um revólver calibre 32, que estava no Posto da Polícia Técnico-Científica para realização de perícia, e foi retirado do local por Káthia e entregue a Douglas. A arma foi devolvida pelo servidor logo após a simulação, tendo a perita entregue as chaves do armário a Douglas, que jogou as cápsulas, munições de testes e as chaves em um rio.

Nota Prefeitura de Caldas Novas

Em resposta ao questionamento solicitado por este veículo de comunicação, a Prefeitura de Caldas Novas, através da Procuradoria Geral confirma que recebeu a decisão judicial e que o município irá dar cumprimento integral ao que foi determinado pela justiça.

Importa esclarecer ainda que o investigado, Douglas Souza de Oliveira, é credenciado como auxiliar de necrópsia e a administração já está providenciando a rescisão do seu contrato.

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