O processo por homicídio contra os sete profissionais de saúde envolvidos nos cuidados médicos de Diego Maradona foi declarado nulo nesta quinta-feira, 29, segundo informaram os advogados de defesa. O astro argentino do futebol morreu em 2020, aos 60 anos, por insuficiência cardíaca, enquanto se recuperava de uma cirurgia no cérebro. Sua morte comoveu o país e levou à abertura de um julgamento que começou em 11 de março deste ano.

Os réus, que faziam parte da equipe médica de Maradona, eram acusados de “homicídio simples com dolo eventual” — ou seja, por assumirem o risco de provocar sua morte. Eles poderiam pegar de 8 a 25 anos de prisão, mas negaram as acusações.

A anulação do julgamento ocorreu após a juíza Julieta Makintach, uma das três responsáveis pelo caso, renunciar na última terça-feira (27). A decisão foi tomada após a divulgação de um vídeo em que a magistrada aparece sendo entrevistada por uma equipe de filmagem dentro do tribunal de Buenos Aires e em seu próprio gabinete, o que é proibido pelas normas do Judiciário.

Com a saída da juíza, o processo foi invalidado, e ainda não há definição sobre quando um novo julgamento será marcado ou quais juízes assumirão o caso.

“Tudo isso é um grande constrangimento”, declarou o advogado de defesa Miguel Ángel Pierri à imprensa, em frente ao tribunal.