Justiça anula júri do caso da boate Kiss e quatro pessoas são soltas

Boate Kiss agência

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJ-RS), por meio da 1ª Câmara Criminal, tomou a decisão de anular o júri do caso da boate Kiss. A anulação aconteceu na tarde desta quarta-feira, 3, e as quatro pessoas condenadas foram soltas. A decisão cabe recurso, mas, se for mantida, haverá um novo júri.

Repercussão do caso da boate Kiss

O incêndio na boate Kiss ocorreu em 27 de janeiro de 2013, na cidade de Santa Maria (RS), matando 242 pessoas e deixando outras 636 feridas. Em dezembro do ano passado, aconteceu o julgamento em Porto Alegre, e o juiz decretou as penas para os quatro réus.

Elissandro Spohr, o Kiko, sócio da boate Kiss, recebeu condenação de 22 anos e seis meses de prisão; o outro sócio, Mauro Hoffmann, pegou 19 anos e seis meses. Além deles, o produtor Luciano Bonilha e o vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus, receberam 18 anos de sentença cada.

No entanto, todos foram soltos, menos de um ano após a condenação. Os advogados de defesa expuseram seus argumentos para os desembargadores Manuel José Martinez Lucas, relator dos recursos, José Conrado Kurtz de Souza e Jayme Weingartner Neto.

Entre seus argumentos, os advogados criticaram a sentença de “dolo eventual”, questionando também a escolha dos jurados, que passaram por três sorteios. Eles também consideraram a conduta do juiz Orlando Faccini Neto como parcial.

Jayme Weingartner Neto votou a favor da anulação do júri, e José Conrado Kurtz de Souza se manifestou favorável a algumas nulidades. Somente Manuel José Martinez Lucas desconsiderou todos os pedidos.

Desta forma, deve haver a realização de um novo júri sobre o caso da boate Kiss. No entanto, ainda cabe recurso da decisão.

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Hugo destaca avanço em cirurgias endoscópicas com melhorias e investimentos

O Hospital de Urgências de Goiás Dr. Valdemiro Cruz (Hugo), unidade do governo do Estado gerida pelo Hospital Israelita Albert Einstein desde junho deste ano, realizou no final de novembro sua primeira cirurgia endoscópica da coluna vertebral. Essa técnica, agora prioritariamente utilizada nos atendimentos de urgência e emergência, é minimamente invasiva e representa um avanço significativo no tratamento de doenças da coluna vertebral, proporcionando uma recuperação mais rápida e menores riscos de complicações pós-cirúrgicas.

Segundo o coordenador da ortopedia do Hugo, Henrique do Carmo, a realização dessa técnica cirúrgica, frequentemente indicada para casos de hérnia de disco aguda, envolve o uso de um endoscópio. Este equipamento, um tubo fino equipado com uma câmera de alta definição e luz LED, transmite imagens em tempo real para um monitor, iluminando a área cirúrgica para melhor visualização. O tubo guia o endoscópio até a área-alvo, permitindo uma visão clara e detalhada das estruturas da coluna, como discos intervertebrais, ligamentos e nervos.

“Quando iniciamos a gestão da unidade, uma das preocupações da equipe de ortopedia, que é uma especialidade estratégica para nós, foi mapear e viabilizar procedimentos eficazes já realizados em outras unidades geridas pelo Einstein, para garantir um cuidado mais seguro e efetivo dos pacientes”, destaca a diretora médica do hospital, Fabiana Rolla. Essa adoção da técnica endoscópica é um exemplo desse esforço contínuo.

Seis meses de Gestão Einstein

Neste mês, o Hugo completa seis meses sob a gestão do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesse período, a unidade passou por importantes adaptações que visam um atendimento mais seguro e de qualidade para os pacientes. Foram realizados 6,3 mil atendimentos no pronto-socorro, mais de 6 mil internações, mais de 2,5 mil procedimentos cirúrgicos e mais de 900 atendimentos a pacientes com Acidente Vascular Cerebral (AVC).

A unidade passou por adequações de infraestrutura, incluindo a reforma do centro cirúrgico com adaptações para mitigar o risco de contaminações, aquisição de novas macas, implantação de novos fluxos para um atendimento mais ágil na emergência, e a reforma da Central de Material e Esterilização (CME) para aprimorar o processo de limpeza dos materiais médico-hospitalares.

Hoje, o Hugo também oferece um cuidado mais humanizado, tanto aos pacientes como aos seus familiares. A unidade implementou um núcleo de experiência do paciente, com uma equipe que circula nos leitos para entender necessidades, esclarecer dúvidas, entre outras atividades. Além disso, houve mudança no fluxo de visitas, que agora podem ocorrer diariamente, com duração de 1 hora, em vez de a cada três dias com duração de 30 minutos.

Outra iniciativa realizada em prol dos pacientes foi a organização de mutirões de cirurgias, visando reduzir a fila represada de pessoas internadas que aguardavam por determinados procedimentos. Essa ação viabilizou a realização de mais de 32 cirurgias ortopédicas de alta complexidade em um período de dois dias, além de 8 cirurgias de fêmur em pacientes idosos. Todos os pacientes beneficiados pelos mutirões já tiveram alta hospitalar.

Plano de investimentos para 2025

Para o próximo ano, além do que está previsto no plano de investimentos de R$ 100 milhões anunciado pelo Governo de Goiás, serão implantadas outras melhorias de fluxos e processos dentro das atividades assistenciais. Isso inclui processos preventivos de formação de lesões por pressão, otimização de planos terapêuticos, cirurgias de emergência mais resolutivas, e outras ações que visam aprimorar o cuidado dos pacientes.

O hospital também receberá novos equipamentos, como o tomógrafo doado pelo Einstein para melhorar o fluxo de pacientes vítimas de trauma e AVC, e um robô de navegação cirúrgica.

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