Justiça autoriza prisão temporária de blogueira investigada por assassinato

assassinato

A blogueira Yeda Freitas teve a prisão temporária autorizada pela Justiça na tarde desta quinta-feira, 18. Ela e outras quatro pessoas estão detidas desde a manhã de hoje por suspetia de envolvimento em um assassinato cometido em março do ano passado em Goiânia. O caso estaria relacionado à cobrança de uma dívida de tráfico de drogas

 

Na decisão que considerou pedido do delegado Carlos Alfama, o juiz Jesseir Coelho autorizou a extração de dados de aparelhos celulares dos presos. Ele considerou os indícios de materialidade e de autoria do crime para manter o grupo preso. 

 

“Poderá contribuir para o avanço das investigações e a completa elucidação do crime, esclarecendo os pontos obscuros, a verdadeira autoria e a motivação do crime, bem como o possível envolvimento de demais pessoas”, justificou.

 

A vítima era Douglas Henrique Silva, que foi morto no Jardim Atlântico pelo  namorado de Yeda, Antônio Luiz de Souza Filho, conhecido como Toinzinho. O assassinato teria sido cometido com a ajuda de Mateus Barbosa da Silva e José Camilo Pereira Bentos. Eles discutiram pelo atraso no pagamento de um ponto de venda de cocaína.

 

O acordo era que Tiozinho pagasse R$6 mil por semana para Douglas. O atraso cobrado pela vítima fez o namorado de Yeda criar um plano de emboscada para matar Douglas a tiros. Após o assassinato, ele abandonou o corpo em uma rua e fugiu.

 

A prisão temporária  garante a realização de atos ou diligências necessárias ao inquérito sobre o assassinato e possui prazo fixo de duração. Em regra, dura de cinco dias prorrogáveis por mais cinco, mediante justificativa. 

 

Yeda, de 30 anos de idade, é mãe de gêmeos. Ela tem 33 mil seguidores no Instagram.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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