Justiça autoriza transferência de chefes do tráfico do Rio para presídio federal

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Sete chefes do tráfico do Rio de Janeiro ainda aguardam a transferência para um presídio federal de segurança máxima, após a autorização da Justiça. A decisão da Vara de Execuções Penais (VEP) foi publicada há dois dias, porém, os criminosos continuam custodiados no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu. O trâmite para a transferência está em andamento, porém, depende do envio de documentos pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), vinculada ao Ministério da Justiça.

Entre os detentos que aguardam a remoção para o presídio federal estão nomes como Arnaldo da Silva Dias (Naldinho), Carlos Vinicius Lírio da Silva (Cabeça do Sabão), Eliezer Miranda Joaquim (Criam), Fabrício de Melo Jesus (Bicinho), Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (My Thor), Alexander de Jesus Carlos (Choque) e Roberto de Souza Brito (Irmão Metralha). Todos foram identificados pelo governador Cláudio Castro como líderes da facção criminosa Comando Vermelho, responsáveis por comandar ataques, extorsões e execuções de dentro das prisões.

A transferência dos chefes do tráfico faz parte de uma estratégia das autoridades estaduais e federais para enfraquecer a comunicação entre os líderes do crime organizado e seus comparsas que continuam atuando nas comunidades. Operações anteriores já demonstraram que a remoção de líderes de facções para presídios federais resultou em uma redução temporária nas ordens criminosas emitidas de dentro das prisões do Rio de Janeiro. A expectativa é que a transferência dos sete chefes do tráfico contribua para a diminuição da violência e do controle dos presídios por parte das facções.

Para que a transferência seja efetivada, é necessário que a Senappen envie os documentos necessários, a fim de determinar o destino dos presos e a logística de transporte até a unidade federal que irá recebê-los. Além da VEP, o processo envolve instâncias federais e requer a manifestação de órgãos de segurança pública e do sistema penitenciário da União. Até o momento, a Polícia Civil, a Senappen e a Justiça Federal ainda não se manifestaram sobre o assunto.

É importante ressaltar que a decisão judicial, assinada pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, titular da VEP, determinou que a transferência fosse comunicada à Secretaria de Polícia Civil, ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e ao juiz federal competente, responsáveis por dar seguimento ao processo de transferência. Com a autorização da Justiça, a expectativa é que a transferência dos chefes do tráfico do Rio de Janeiro para um presídio federal seja concluída em breve, contribuindo para o enfraquecimento das facções criminosas e para a segurança pública no estado.

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