Justiça bloqueia R$ 1,8 milhão de empresa de móveis planejados, por estelionato

Empresa de móveis planejados é investigada por estelionato e tem R$ 1,8 milhão bloqueado pela Justiça

Nesta quarta-feira, 27, uma empresa de fabricação e montagem de móveis planejados foi alvo de três mandados de busca e apreensão realizados pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO). A Polícia cumpriu os mandados na residência do empresário e nas sedes dos estabelecimentos comerciais localizados nas cidades de Goiânia e de Anápolis, ambas na região metropolitana.

De acordo com as investigações conduzidas pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Consumidor (Decon), a empresa fazia projetos de decoração de alto valor, variando entre R$ 100 mil e R$ 300 mil, mas não instalava na residência dos clientes dentro do prazo acordado entre as partes e com materiais de qualidade bem inferior ao valor cobrado.

Com as denúncias na Delegacia do Consumidor, a Justiça de Goiás determinou o sequestro dos bens em contas bancárias da empresa no valor de R$ 1,8 milhão que irá ressarcir o prejuízo financeiro causado às vítimas. A Polícia Civil continua investigando o caso e os empresários envolvidos responderão pelo crime de estelionato.

Segundo o Código Penal, os suspeitos de estelionato podem ser condenados a uma pena de um a cinco anos de detenção em regime fechado.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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