Justiça bloqueia R$ 29 milhões de Doria por improbidade administrativa

Justiça bloqueia R$ 29 milhões de Doria por improbidade administrativa

Nesta segunda-feira, 19, a 14ª Vara da Fazenda Pública paulista determinou o bloqueio de R$ 29,4 milhões em bens do governador de São Paulo, João Doria. A decisão é referente ao processo no qual o tucano é réu por suspeita de improbidade administrativa enquanto foi prefeito de São Paulo.

Na época, Doria havia sido acusado pelo Ministério Público de fazer fazer propaganda irregular encima do programa “Asfalto Novo”, em 2018. As irregularidades teriam causado prejuízos no valor de R$ 29 milhões aos cofres públicos.

O MP alega que o então prefeito autorizou despesas que ferem a lei e o princípio de impessoalidade por misturar a administração da cidade com sua figura pessoal, para auto-promoção. A Defesa de Doria discorda da decisão, aponta que há motivações políticas por trás e que deve recorrer.

“Curiosamente às vésperas das eleições municipais foi retomada a apreciação da limiar requerida pelo MP”, disse em nota a defesa, que “recorrerá ainda esta semana ao Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo para reverter a decisão”.

(imagem: Sérgio Lima/Poder 360)

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PF investiga general ligado ao governo Bolsonaro por imprimir plano para matar Moraes, Lula e Alckmin no Planalto

A Polícia Federal (PF) revelou que o general Mário Fernandes, ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência e ex-ministro interino do governo Bolsonaro, teria impresso no Palácio do Planalto um “plano operacional” para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do STF, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin. Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o plano de três páginas foi encontrado no gabinete da Secretaria-Geral. Fernandes foi preso na manhã desta terça-feira (19).

De acordo com a PF, o documento, salvo sob o título “Plj.docx” (referência à palavra “planejamento”), detalhava a execução do plano. Além disso, outros arquivos sensíveis, como “Fox_2017”, “Ranger_2014” e “BMW_2019”, foram localizados na pasta “ZZZZ_Em Andamento”, que a polícia interpretou como um indício de que as ações estavam em fase ativa. Curiosamente, os nomes dos arquivos remetiam a veículos pessoais do general, segundo o relatório policial.

A defesa de Mário Fernandes ainda não se pronunciou sobre o caso.

Operação e alvos

A operação desta terça-feira prendeu quatro militares e um policial federal, todos investigados por ligação com um suposto grupo denominado “Kids Pretos”, formado por integrantes das Forças Especiais. O grupo é acusado de planejar o assassinato de lideranças políticas após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

Ao todo, a operação cumpriu cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e determinou 15 medidas cautelares, incluindo a entrega de passaportes e a suspensão de funções públicas dos envolvidos. Entre os alvos estão Hélio Ferreira Lima, Rafael Martins de Oliveira e Rodrigo Bezerra de Azevedo, além do policial federal Wladimir Matos Soares.

A investigação faz parte de um inquérito mais amplo que apura possíveis tentativas de golpe de Estado relacionadas à eleição de 2022.

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