Justiça concede habeas corpus e Deolane Bezerra é solta; mãe da influenciadora continua presa

A Justiça determinou a soltura da advogada e influenciadora digital Deolane Bezerra, nesta segunda-feira, 9, após a concessão de um habeas corpus. A influenciadora havia sido presa na última quarta-feira, 4, durante uma operação policial que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e jogos ilegais. A decisão foi proferida pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco.

A decisão foi tomada pela 4ª Câmara Criminal, após uma indefinição sobre quem deveria julgar o habeas corpus. A influenciador deverá deixar a Colônia Penal Feminina, no bairro da Iputinga, em Recife, nas próximas horas.

Apesar da aprovação do habeas corpus de Deolane, a mãe da influenciadora não foi beneficiada pela decisão e permanece presa.

Segundo o g1, Deolane recebeu o benefício pelo artigo 318A do Código Penal e por um habeas corpus coletivo concedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2018, que substitui a prisão preventiva por domiciliar a gestantes, lactantes e mães de criança de até 12 anos. A influenciadora tem três filhos, sendo a menor com sete anos.

A decisão judicial que concedeu o habeas corpus a Deolane Bezerra determina que a influenciadora seja liberada imediatamente. No entanto, ela terá que cumprir medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de deixar o país.

Pedido para liberação da mãe

Pouco antes das 10h, uma das irmãs de Deolane postou um vídeo confirmando o habeas corpus concedido a influenciadora. Dayane Bezerra usou as redes sociais para pedir que a mãe também seja liberada.

“Meu povo, estamos indo para a porta do presídio. Saiu a decisão. Deolane foi libertada, mas minha mãe não. É uma prisão injusta, arbitrária. Precisamos de vocês lá, quem puder ir pra lá. Vamos tirar Deolane, mas precisamos mais do que nunca da força de vocês, para tirar minha mãe de lá”, disse Dayane.

Logo após, ela e a irmã, Daniele, chegaram junto com o advogado na Colônia Penal Feminina. “Minha mãe é inocente, não tem nada que justifique essa prisão. Enquanto minha mãe está presa tem um monte de investigados milionários por aí. O que está acontecendo, Brasil? O que é isso?”, disse Dayanne.

Investigação

Deolane Bezerra foi presa semana passada durante a Operação Integration, que investiga um suposto esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar. Segundo a investigação, conduzida pela Polícia Civil de Pernambuco, o esquema de lavagem de dinheiro movimentava cifras milionárias. A corporação ainda afirma que os investigados utilizavam empresas de fachada e criptomoedas para ocultar a origem ilícita dos recursos.

Durante a operação, a Justiça decretou o sequestro de bens de vários investigados, incluindo aeronaves e carros de luxo, além de bloqueios ativos financeiros no valor de R$ 2,1 bilhão. Foram cumpridos 24 mandados de busca e apreensão, como imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de luxo.

Deolane foi presa juntamente com outras 10 pessoas suspeitos de integrar o esquema, sendo uma delas o empresário Darwin Henrique da Silva Filho, dono da casa de apostas Esporte da Sorte

A defesa da influenciadora nega as acusações e afirma que a influenciadora não possui qualquer envolvimento com as atividades ilícitas investigadas. Os advogados argumentam que a prisão da influenciadora foi arbitrária e que não há provas suficientes para justificar a medida.

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Cremego repudia prisão de médica em hospital de Goiás: caso em apuração

O Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego) manifestou repúdio e lamentou a conduta dos policiais civis que levaram uma médica do Hospital Estadual de Trindade para a delegacia após exigirem atendimento prioritário. O caso, que aconteceu durante um plantão, gerou indignação e preocupação em relação à segurança e respeito aos profissionais de saúde. A polícia informou que a situação está sendo apurada pela Corregedoria da instituição, garantindo que todas as providências serão tomadas para esclarecer os fatos.

No episódio, a médica relatou que os policiais desrespeitaram as normas do hospital ao exigirem prioridade na realização de um exame de corpo de delito, interrompendo o atendimento de outros pacientes. Ela solicitou que aguardassem do lado de fora, porém um dos policiais se irritou e a intimou. Após a realização do exame, os policiais retornaram e a médica foi surpreendida com a voz de prisão, sendo obrigada a segui-los para a delegacia, em meio a um ambiente hospitalar lotado de pacientes.

Na delegacia, a médica foi submetida a abusos psicológicos pela policial envolvida na prisão, que tentou coagi-la e a intimidou com ameaças relacionadas a um possível processo por falso testemunho. Após prestar depoimento, a profissional foi liberada, porém, devido aos acontecimentos, não conseguiu finalizar seu plantão devido ao abalo emocional sofrido. A advogada da médica afirmou que medidas serão tomadas contra o estado em busca de reparação pelos danos morais e pela defesa da inocência de sua cliente.

O Hospital Estadual de Trindade lamentou o ocorrido e afirmou estar colaborando com a apuração dos fatos, reforçando seu compromisso com o atendimento de qualidade à população e apoio aos profissionais de saúde. O Cremego emitiu uma nota de repúdio à prisão da médica, destacando a importância de se apurar o caso de forma rigorosa e garantindo que serão tomadas as devidas providências para que situações como essa não se repitam.

Espera-se que as autoridades responsáveis, incluindo o governador Ronaldo Caiado, intervenham de maneira firme e justa nesse episódio, assegurando a segurança e respeito aos profissionais de saúde que atuam no estado de Goiás. A saúde pública já enfrenta desafios e dificuldades, e os médicos não podem ser expostos a mais formas de agressão e desrespeito em seu ambiente de trabalho. É fundamental que casos como esse sejam tratados com seriedade e responsabilidade, visando a integridade e valorização dos profissionais de saúde.

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