Após 15 anos de julgamento, a Justiça condenou um participante de um assalto a banco no Maranhão à prisão. Roberto Caponi de Sousa, também conhecido como “Cowboy”, recebeu uma sentença de dez anos e seis meses em regime fechado por sua participação no assalto a uma agência do Banco do Brasil na cidade de Lago da Pedra, ocorrido em maio de 2009.
Com o término do longo julgamento, Roberto Caponi de Sousa foi considerado culpado pela participação no assalto ao banco. A sentença foi divulgada recentemente e revelou que, ao chegar na agência bancária, aproximadamente cinco homens armados com metralhadoras, fuzis e espingardas dispararam para o alto e para as vidraças, além de fazerem os clientes reféns.
Os criminosos mantiveram os clientes do banco como reféns para facilitar a saída sem resistência, enquanto outra parte do grupo ficou do lado de fora atirando para evitar qualquer reação. As vítimas ficaram sob poder dos assaltantes das 10h às 21h, sendo liberadas um a um ao final do episódio.
A Justiça considerou o crime de Roberto Caponi como um roubo triplamente majorado devido ao uso de arma de fogo, a parceria com outros criminosos e a restrição da liberdade das vítimas. O juiz responsável pelo caso registrou a conduta de Caponi como pertencente ao “Novo Cangaço”, caracterizado pela tomada de controle de pequenos municípios para a prática de roubos com o uso de reféns como escudos humanos.
Apesar da condenação, o réu teve a possibilidade de responder ao processo em liberdade provisória, devido a um “habeas corpus” concedido pela 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão. No entanto, ele está sujeito a medidas cautelares, como comparecimento mensal à Justiça, a proibição de comunicação com testemunhas e a utilização de tornozeleira eletrônica, mantendo-se em liberdade condicional.