Justiça condena ex-prefeito de Pires do Rio e empresários por improbidade

A Justiça de Goiás emitiu uma sentença condenatória relacionada à Operação Tarja Preta, que desvendou esquema de venda fraudulenta e superfaturada de medicamentos e equipamentos hospitalares em municípios goianos. O ex-prefeito de Pires do Rio, Luiz Eduardo Pitaluga Cunha, juntamente com os empresários Edilberto César Borges e Milton Machado Maia, além do advogado Tomaz Edilson Filice Chayb, foram declarados culpados por atos de improbidade administrativa.

De acordo com a decisão judicial, os réus terão seus direitos políticos suspensos, ficarão proibidos de realizar contratos com o Poder Público e serão obrigados a pagar multas civis, além de restituir os valores ilicitamente adquiridos.

As empresas envolvidas no esquema, J Médica Distribuidora de Materiais Hospitalares Ltda e Pró-Hospital Produtos Hospitalares Ltda, também enfrentarão as consequências legais. Elas foram condenadas a não poder contratar com o Poder Público e estão sujeitas ao pagamento de multas civis. A sentença foi proferida no dia 4 deste mês, mas ainda pode ser objeto de recurso.

Deflagrada em outubro de 2013, a Operação Tarja Preta revelou a existência do esquema fraudulento em diversos municípios goianos. Após a operação, a Promotoria de Justiça de Pires do Rio iniciou uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa, envolvendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas.

Investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram que uma organização criminosa havia se instalado em Goiás, visando a venda fraudulenta, viciada, direcionada e superfaturada de medicamentos, com Pires do Rio sendo um dos municípios afetados. O então prefeito Luiz Eduardo Pitaluga Cunha e o advogado Tomaz Edilson Filice Chayb foram apontados como cúmplices no esquema que lesou o sistema de saúde local.

 

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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