Justiça condena 10 membros de organização criminosa por ataque a carro-forte e uso de explosivos no interior de SP
Penas variam de 6 a 46 anos de prisão. Caso aconteceu na noite de 9 de setembro, na Rodovia Cândido Portinari (SP-334).
ATAQUE A CARRO-FORTE DEIXA FERIDOS EM RESTINGA, SP
O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo condenou dez membros de uma organização criminosa por participarem de um ataque a um carro-forte na noite de 9 de setembro, na Rodovia Cândido Portinari (SP-334), entre Batatais (SP) e Restinga (SP).
Na sentença, proferida na quarta-feira (12), o juiz Ewerton Meirelis Gonçalves ainda absolveu dois dos condenados dos crimes de roubo e incêndio. (veja mais abaixo a pena de cada um dos envolvidos)
Ricardo Marques Trovão Lafaeff teve a pena mais severa, de 46 anos e dez meses, por organização criminosa armada, roubo qualificado e adulteração de sinal identificador de veículo.
Ao DE, a defesa dele informou que ainda não foi intimada, mas deve recorrer da decisão.
> “O Ricardo não teve participação nos crimes pelos quais foi condenado, não esteve no local e foi vinculado ao processo por uma foto onde não houve nenhuma perícia ou prova técnica que comprovasse que era ele”.
Irmão de Ricardo, Roberto Marques Trovão Lafaeff foi condenado em junho deste ano a 35 anos de prisão por roubo, falsidade ideológica e adulteração de chassi de veículo.
Ele foi preso no dia 11 de setembro do ano passado, depois de procurar atendimento em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Valinhos (SP) por causa de um ferimento no pé, causado por munição de fuzil. De acordo com as investigações, foi Ricardo quem dirigiu o carro que levou Roberto até a UPA.
Ricardo Marques Trovão Lafaeff: 46 anos e 10 meses de prisão por organização criminosa armada, roubo qualificado e adulteração de sinal identificador de veículo, por quatro vezes, em continuidade delitiva. Absolvido do crime de roubo e incêndio.
Cleuza Aparecida Duarte Ribeiro: 13 anos, 17 meses e 10 dias de prisão por organização criminosa armada, associação criminosa armada, lavagem e ocultação de bens e valores.
Silvio Roberto Machado: 15 anos de prisão por organização criminosa armada, adulteração de sinal identificador de veículo, por duas vezes, em continuidade delitiva, e falsidade ideológica. Absolvido do crime de roubo e incêndio.
Marcos Vinicius Cavalcanti Pereira da Silva: 7 anos e 6 meses de prisão por organização criminosa armada.
Hugo Henrique Guedes Diniz: 6 anos e 9 meses de prisão por organização criminosa armada. Está foragido.
Clayton José Ramos Neto: 6 anos e 9 meses de prisão por organização criminosa armada.
Fernando Henrique Vernille de Sales: 6 anos de prisão por organização criminosa armada.
Denis da Costa Oliveira: 5 anos e 3 meses de prisão por lavagem e ocultação de bens e valores.
Luiz Carlos de Oliveira: 6 anos e 9 meses de prisão por associação criminosa armada e lavagem e ocultação de bens e valores.
Cleiton Roger Ribeiro: 6 anos e 9 meses de prisão por organização criminosa armada.
O DE tenta localizar a defesa dos demais condenados.
O ataque ao carro-forte aconteceu em 9 de setembro, por volta das 19h, na altura do km 384 da Rodovia Cândido Portinari, e envolveu pelo menos 16 criminosos, que abordaram o veículo em posse de uma carga intensa de explosivos e fuzis capazes de ‘rasgar vidros blindados’.
À época da tentativa de assalto, uma testemunha chegou a revelar à polícia que os suspeitos chegaram atirando para o alto e a obrigaram a manobrar o caminhão que ela dirigia para que o veículo ficasse posicionado atravessado na pista, impedindo o fluxo de outros carros.
A testemunha foi liberada pelos criminosos, mas o caminhão permaneceu no local.
A Protege, empresa proprietária do veículo, não divulgou a quantia que o carro-forte transportava, mas informou à época que os suspeitos não conseguiram levar nada, uma vez que o dinheiro pegou fogo quando eles tentaram abrir o cofre.
Na ação, três funcionários da Protege, um policial e um funcionário de uma usina localizada na Estrada do Leite ficaram feridos.
Na perseguição houve nova troca de tiros com os suspeitos e um policial do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) foi ferido na perna na Rodovia Abrão Assed (SP-333), na altura de Serra Azul (SP).
Dois dias depois, o mesmo grupo entrou em confronto com a Polícia Militar durante uma perseguição a um carro, suspeito de ter sido utilizado no crime, na Rodovia Joaquim Ferreira (SP-338), próximo ao trevo que liga Cajuru (SP) a Altinópolis (SP), na região de Ribeirão Preto (SP). Um policial e três criminosos foram mortos na troca de tiros.




