Última atualização 05/10/2023 | 16:04
A Justiça de Goiás condenou Joaquim Francisco Bispo Filho a 20 anos e 9 meses de prisão em regime fechado por matar a namorada Luiza Helena Pereira. O crime aconteceu em maio de 2022 e, na época, o homem confessou que matou a diarista durante uma discussão por ciúmes. A sentença foi deferida por júri popular, nesta quinta-feira, 5.
Joaquim também foi condenado a pagar R$ 50 mil a cada um dos três filhos da vítima, a título de danos morais. O júri considerou que, por conta do crime, o homem deixou os órfãos “desprovidos de afeto maternal e auxílio material”. Joaquim está preso desde o dia 15 de maio de 2022. A defesa disse que vai recorrer da pena.
No julgamento, os jurados reconheceram a materialidade e a autoria do fato imputada ao réu. Quanto à tese sustentada pela defesa, os jurados não reconheceram que o réu praticou o crime sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima. Também reconheceram que o crime foi cometido por motivo torpe e por meio cruel, com recurso que impossibilitou a defesa da vítima e por feminicídio.
“O Egrégio Conselho de Sentença entendeu que o réu praticou os crimes de homicídio, ocultação de cadáver e apropriação indébita, capitulados nos arts. 121, § 2º, incisos I, III, IV e VI, 211 e 168, todos do Código Penal, respectivamente”, diz a sentença do juiz Leonardo Fleury Curado Dias, presidente do Tribunal do Júri.
O caso
Depois de dez dias desaparecida, o corpo da diarista Luiza Helena Pereira Lima, de 38 anos, foi encontrado pela Polícia Civil (PC). O cadáver estava dentro de uma fossa na zona rural de Cristianopolis. A mulher sumiu depois de sair de uma reunião familiar, em Aparecida de Goiânia.
Na ocasião, ela jantou com o companheiro na casa de um irmão. Os parentes contaram que, naquela noite, o casal discutiu porque Luiza havia colocado uma senha no próprio celular e isso teria irritado o Joaquim.
Luiza foi morta pelo namorado, que foi preso em Paranã, no Tocantins. Ele foi localizado em uma área de floresta, de difícil acesso, local onde estava se escondendo da polícia por medo de ser preso.
Joaquim estava foragido desde o desaparecimento da companheira. Ele confessou ter matado a vítima enforcada durante uma crise de ciúmes, além de ter jogado o seu corpo na cova. O homem, inclusive, mostrou à polícia onde teria escondido o corpo de Luiza.