A Justiça do Paraná autorizou o ex-policial penal Jorge Guaranho a cumprir pena domiciliar, apenas um dia após ser condenado a 20 anos de prisão pelo assassinato do tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) de Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda. Guaranho foi inicialmente levado para o Complexo Médico Penal em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, para cumprir sua pena em regime fechado.
No entanto, sua defesa solicitou a prisão domiciliar, alegando que ele sofreu sequelas graves no tiroteio que resultou na morte de Arruda, incluindo fratura completa da mandíbula, perda completa de dentes e massa óssea. O desembargador Gamaliel Seme Scaff acatou o pedido, justificando que Guaranho “continua muito debilitado e com dificuldade para se deslocar em razão da enfermidade e das lesões” e, portanto, não representa risco à sociedade.
Guaranho ficará em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e está autorizado a se ausentar apenas para tratamento médico, que deve ser comunicado previamente. Ele também está proibido de manter contato com testemunhas ou pessoas relacionadas ao caso.
Guaranho foi condenado na quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025, pelo Tribunal do Júri, que aceitou a tese de homicídio qualificado por motivo fútil e perigo comum. A juíza Mychelle Pacheco Cintra destacou a intolerância política como fator relevante no crime, mencionando a “não aceitação de que o outro tenha preferências políticas diversas”.