Justiça de São Sebastião nega habeas corpus a vereador suspeito de assassinato

A justiça de São Sebastião (SP) negou, nesta quarta-feira (18), o pedido de habeas corpus feito pela defesa do vereador eleito Thiago Bally (PSDB), suspeito de participação em um assassinato. Thiago Bally foi o sétimo vereador mais votado na cidade nas eleições deste ano. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) manteve a ordem de prisão contra o vereador após a decisão desta quarta-feira, que rejeitou o habeas corpus. O Supremo Tribunal Federal (STF) também havia negado um pedido semelhante anteriormente.

O vereador eleito está foragido da Justiça e é suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido em abril deste ano. O habeas corpus é um termo que significa “que tenhas o corpo”, cujo objetivo é proteger o direito à liberdade de uma pessoa. Caso concedido, Thiago Bally não poderia ser preso pela polícia no caso em questão. A relatora Fátima Vilas Boas Cruz apontou que a manutenção da prisão preventiva do vereador não apresenta ilegalidades de acordo com a decisão desta quarta-feira, que contou com a participação dos desembargadores Luis Soares de Mello e Roberto Porto.

O G1 entrou em contato com a defesa de Thiago Bally, mas até o momento não obteve retorno para comentar sobre o caso. A matéria será atualizada quando a defesa se posicionar. A prisão preventiva do vereador foi decretada pela Justiça no dia 30 de outubro, após suspeitas de sua ligação com o assassinato de Victor Alexandre de Lima, de 22 anos, ocorrido em abril na cidade de São Sebastião.

Thiago Bally afirmou ter estado no local do crime minutos antes, ajudando um carro com problemas mecânicos e negou envolvimento no assassinato. No entanto, segundo denúncia do Ministério Público de São Paulo, ele teria ordenado o crime por acreditar que Victor sequestraria sua filha. A juíza responsável pelo caso apontou a necessidade da prisão preventiva devido à presença de indícios suficientes que justificam a medida.

Apesar de ter sido o sétimo vereador mais votado nas eleições deste ano em São Sebastião, Thiago Bally não conseguiu se reeleger no pleito de 2022, ficando como suplente. A polícia continua investigando o caso em que o vereador está envolvido, e as próximas decisões judiciais serão fundamentais para o desfecho do processo que envolve esse episódio criminoso. O G1 Vale do Paraíba e região seguirá cobrindo as atualizações e desdobramentos desse caso.

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Prefeito contesta dívida de transição em coletiva de imprensa

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (18), o prefeito Caio Cunha contestou as informações divulgadas pela equipe de transição de Mara Bertaiolli. Caio Cunha afirmou que dos R$ 470 milhões apontados como dívida consolidada, cerca de R$ 420 milhões podem ser atribuídos às gestões anteriores. Em resposta aos apontamentos feitos pela equipe de transição de Mara Bertaiolli em uma audiência pública na Câmara Municipal, Caio Cunha, ao lado do seu secretariado, convocou a coletiva de imprensa para esclarecer a situação.

Durante a audiência pública, Mara Bertaiolli expressou preocupação em relação à saúde financeira da cidade, mencionando um déficit em caixa de R$ 207 milhões e uma dívida consolidada de R$ 473 milhões. No entanto, durante a coletiva de imprensa, Caio Cunha contestou esses números, destacando que a maior parte da dívida foi contraída por gestões anteriores, totalizando R$ 420 milhões. Cunha ressaltou que sua gestão iniciou o pagamento de um financiamento de R$ 50 milhões, diferente das práticas anteriores de múltiplos empréstimos.

Outro ponto de controvérsia levantado foi a tarifa do transporte municipal, que está congelada em R$ 5 há três anos devido ao subsídio da prefeitura. A equipe de transição de Mara Bertaiolli alertou que o subsídio não está previsto na Lei Orçamentária para 2025. No entanto, Caio Cunha explicou que a suplementação de valores é utilizada conforme a entrada de recursos, incluindo o crédito da bilhetagem para cobrir os subsídios.

Além disso, questões relacionadas aos contratos de saúde, como o Hospital Municipal e a Santa Casa da cidade, também foram abordadas. William Harada, secretário de Saúde, mencionou que o contrato do Hospital Municipal vence em junho e que é competência da próxima gestão decidir sobre o futuro desses serviços. A TV Diário questionou a equipe de transição de Mara Bertaiolli a respeito das declarações de Caio Cunha, e em resposta, foi mencionado que todas as informações foram apresentadas durante a audiência pública na Câmara Municipal.

Diante disso, a polêmica envolvendo as finanças da prefeitura de Mogi das Cruzes destaca a divergência de informações entre as gestões atual e futura. A transparência e a prestação de contas são fundamentais para garantir a eficiência e a responsabilidade na administração dos recursos públicos, sendo essencial um diálogo construtivo para solucionar essas questões e promover o desenvolvimento sustentável do município. Acompanhe as atualizações sobre essa temática para estar informado sobre os desdobramentos desse cenário.

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