Justiça de SP mantém prisão de PMs suspeitos de matar delator do PCC

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Justiça de SP renova prisão de PMs suspeitos de matar delator do PCC

Justiça renovou prisão temporária de dois dos três policiais militares detidos
pelo assassinato de Vinícius Gritzbach no aeroporto de DE

São Paulo — A Justiça renovou, por mais 30 dias, as prisões temporárias dos
policiais militares Dênis Antônio Martins
[https://www.metropoles.com/sao-paulo/pm-ativa-assassino-de-gritzbach], de 40
anos, e Fernando Genauro da Silva
[https://www.metropoles.com/sao-paulo/pm-suspeito-dirigir-carro-assassinos-gritzbach],
de 33. Junto com o também PM Ruan Silva Rodrigues, 32, eles são apontados como
os executores do assassinato do corretor de imóveis Vinícius Gritzbach, em 8 de
novembro, no Aeroporto Internacional de São Paulo
[https://www.metropoles.com/tag/aeroporto-de-guarulhos], na região DE (assista abaixo).

Dias antes de morrer, Gritzbach havia feito delações premiadas ao Ministério
Público de São Paulo (MPSP [https://www.mpsp.mp.br/]) e à Corregedoria da
Polícia Civil, nas quais denunciou a relação de agentes públicos com o Primeiro
Comando da Capital (PCC), além de apontar criminosos envolvidos com a lavagem de
dinheiro da maior facção criminosa do país
[https://www.metropoles.com/materias-especiais/a-historia-do-pcc-como-a-faccao-foi-de-sindicato-a-mafia-em-30-anos].

A execução do delator é investigada pelo Departamento de Homicídios e de
Proteção à Pessoa (DHPP), que pediu a renovação das prisões de ambos os
policiais militares. O pedido foi acatado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo
(TJSP) [https://www.tjsp.jus.br/] na sexta-feira (14/2) e cumprido no fim de
semana. A tendência é a de que a Polícia Civil também peça a renovação do
encarceramento de Ruan Silva Rodrigues
[https://www.metropoles.com/sao-paulo/pm-suspeito-de-ser-2o-executor-de-gritzbach-passa-por-audiencia],
ainda nesta semana.

A diferença das datas para pedir a renovação da prisão ocorre pelo fato de os
policiais terem sido detidos em dias diferentes. Dênis foi colocado atrás das
grades em 16 de janeiro, Fernando Genauro dois dias depois e, em 22 de janeiro,
Ruan Silva. Eles estão no Presídio da Militar Romão Gomes, na zona norte
paulistana. Suas defesas não foram localizadas. O espaço segue aberto para
manifestações.

A solicitação para que os PMs fiquem mais tempo na cadeia ocorre para que o DHPP
possa concluir a investigação do homicídio de Gritzbach. O caso é considerado
complexo por causa das dezenas de suspeitos envolvidos no caso.

Até o momento, 26 foram presos, dos quais 17 são policiais militares, cinco
policiais civis — presos na Operação Tacitus, da PF, por suspeita de elo com o
PCC, por lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva — e quatro pessoas
relacionadas a Kauê do Amaral Coelho, apontado como o olheiro que avisou aos
assassinos
[https://www.metropoles.com/sao-paulo/suposto-olheiro-de-morte-de-gritzbach-atuou-para-ong-do-pcc]
sobre a chegada de Gritzbach no aeroporto.

Câmeras de monitoramento registraram a ação dos assassinos do delator,
orquestrada com a exatidão e pontualidade necessárias para fuzilar Gritzbach, no
momento em que ele se aproximava de um de seus carros de escolta, blindado, logo
após desembarcar de um voo proveniente de Alagoas.

Antes do homicídio, os três policiais militares usaram seus celulares para se
comunicar, como foi provado pela investigação, a qual contribuiu para provar que
os agentes circularam pela região antes, durante e após o crime. A atual fase da
investigação, considerada já concluída pelo DHPP, vislumbra o envolvimento
direto dos PMs no assassinato.

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