Justiça decide: Casal agressor não será julgado por júri popular em Manaus

Justiça confirma que casal que agrediu babá e atirou em advogado não irá a júri popular em Manaus

De acordo com a decisão do Tjam, os réus não praticaram crimes que se enquadrem na competência do Tribunal do Júri. O caso será encaminhado para uma Vara Criminal Comum.

Jussana e Nonato se casaram em 2014.

O Tribunal de Justiça do Amazonas (Tjam) decidiu nesta segunda-feira (9) manter a decisão de não levar a júri popular o investigador Raimundo Nonato Machado e sua esposa, Jussana Machado. O casal foi acusado de envolvimento em uma briga que resultou em uma babá ferida e um advogado baleado em Manaus.

Em 18 de agosto de 2023, o advogado Ygor de Menezes Colares, de 35 anos, foi baleado na panturrilha esquerda por Jussana Machado, após tentar apartar uma briga envolvendo a mulher e uma babá, em um condomínio do bairro Ponta Negra, Zona Oeste de Manaus. O então investigador da Polícia Civil, Raimundo Nonato Machado, foi quem entregou a arma usada no crime à esposa.

Segundo o entendimento da Justiça, não houve tentativa de homicídio para lesões corporais no crime, e sim para análise do crime conexo – de tortura – atribuído aos réus.

Em maio deste ano, o TJAM informou que o processo foi transferido do Tribunal do Júri, para uma Vara Criminal Comum de Manaus.

O juiz de direito titular da 3.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Mauro Antony, declinou da competência para julgar a ação que envolve o caso, por entender que os réus não cometeram crimes que se enquadram na competência do Tribunal do Júri, contra as vítimas.

Na época, a defesa da babá agredida e do advogado baleado em briga com o investigado, lamentou a decisão do tribunal de que o casal não vai passar por júri popular. Por meio de nota, o escritório informou que iria recorrer da sentença.

Com a decisão, foi transferido, via distribuição eletrônica, à uma Vara Criminal Comum da Comarca de Manaus, que deve seguir com os trâmites judiciais até que sejam julgados por um juiz.

O Ministério Público recorreu da decisão, e a sessão, que aconteceria de forma virtual na manhã do dia 2 de dezembro, foi adiada. A manifestação do relator aconteceu na sessão seguinte, nesta segunda-feira (9) e manteve a decisão de não submeter o casal a júri popular.

De acordo com registros das câmeras de segurança do condomínio, a briga começou após a babá, que é funcionária de um advogado, passar ao lado do casal na saída do elevador do condomínio.

À Rede Amazônica, a funcionária da vítima disse que a mulher do policial civil chegou a agredi-la verbalmente e, em seguida, partiu para agressões físicas.

O advogado, então, correu para apartar a briga entre as mulheres. Imagens do circuito interno de segurança registraram o momento em que o homem tentou controlar os ânimos.

A gravação mostra, ainda, o momento em que o investigador repassa uma arma para a mulher. Com o revólver nas mãos, ela disparou contra o advogado, que foi atingido na panturrilha esquerda.

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Indígena recebe primeira transfusão intrauterina na maternidade Ana Braga no Amazonas

Indígena recebe a primeira transfusão intrauterina em maternidade pública na história do Amazonas

Procedimento ocorreu no sábado (11), na maternidade Ana Braga, localizada na Zona Leste de Manaus, após equipe médica que fazia acompanhamento da gestação detectar uma anemia severa no feto.

Uma mulher indígena, de 27 anos, foi a primeira pessoa a receber uma transfusão intrauterina na rede pública de saúde do Amazonas. O procedimento ocorreu no sábado (11), na maternidade Ana Braga, localizada na Zona Leste de Manaus.

A técnica consiste na transfusão de sangue para o feto, ainda na barriga da mãe. Neste caso, a medida foi necessária, devido à incompatibilidade sanguínea entre a mãe, que possui o Rh negativo, e o bebê, com o Rh positivo.

A indígena, de etnia baré, é natural de São Gabriel da Cachoeira e estava com 29 semanas de gestação, quando a equipe médica que fazia seu acompanhamento detectou uma anemia severa no feto e recomendou a transferência da paciente para Manaus.

Na capital, ela realizou exames de ultrassonografia no Ambulatório Araújo Lima, do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), que comprovaram a gravidade da doença no feto.

> “Como se tratava de uma situação grave, que precisava de uma intervenção urgente para preservação da vida do bebê, fizemos contato com a maternidade Ana Braga, que é referência em atendimento de risco de alta complexidade, e que nos deu todo o suporte para a realização desse procedimento. A transfusão foi um sucesso, e mãe e bebê passam bem”, afirmou o médico Carlos Henrique Freire.

Conforme a equipe médica, cerca de 70 ml de sangue tratado foi transfusionado para o bebê, em um procedimento que durou cerca de 40 minutos. Mãe e bebê passam bem e devem retornar à unidade para receber outras dosagens de sangue, devido à gravidade da anemia fetal.

“Eu estou muito feliz porque, graças ao empenho de todos os profissionais de saúde envolvidos no meu caso, vou poder seguir com a minha gestação. Tenho sido muito bem assistida, tanto na maternidade, como no ambulatório, e só tenho a agradecer por todo cuidado que tenho recebido”, destacou a paciente.

Primeiro bebê de 2025 em Manaus é menina e nasceu na maternidade Balbina Mestrinho.

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