Justiça denuncia médico que matou dois jovens em acidente na T-63

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O médico Rubens Mendonça Filho foi denunciado ao Ministério Público de Goiás (MPGO) acusado pelos crimes de duplo homicídio qualificado de dois homens e lesão corporal contra outras duas pessoas no caso do acidente que ocorreu na avenida T-63, na capital goiana, em abril deste ano.

De acordo com a instituição, ele  subiu no viaduto da avenida em alta velocidade e assumiu o risco de matar ou ferir qualquer pessoa que estivesse no local. Segundo as investigações, ele estaria testando se o carro era capaz de chegar a 100km/h em quatro segundos. Conforme relatado pela perícia, o veículo chegou a atingir quase 150 km/h, velocidade três vezes maior que a permitida no local, que é de 50 km/h.

No momento, Rubens sinalizou para que outros veículos se afastassem e ele pudesse passar, como isso não aconteceu, o acusado fez a ultrapassagem pela contramão e, ao retornar para a via certa, perdeu o controle da direção e atingiu duas motocicletas e outros carros. Com isso, ele provocou as mortes do motociclista de aplicativo Leandro Fernandes Pires, de 23 anos, e do passageiro que ele carregava no momento do acidente, o garçom David Antunes Galvão, de 21 anos. O rapaz estava voltando para casa após o expediente de trabalho.

Ao serem atingidos pelo carro do médico, os dois corpos foram arremessados para fora do viaduto, que segundo as testemunhas, chegou a “voar” devido a alta velocidade. Já a promotora de vendas Wanderlyne Gomes dos Reis, de 46 anos, que pilotava uma motocicleta ficou mais de uma semana internada e passou por duas cirurgias no joelho em quatros dias, ao ser atingida pelo veículo conduzido por Rubens.

A denúncia foi aceita pelo juiz Lourival Machado da Costa, que deu dez dias para que Rubens apresente a defesa. Caso condenado, o médico pode pegar até 46 anos de prisão.

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BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

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