Justiça determina bloqueio de anúncios falsos envolvendo Luciano Hang e Havan: multa de até R$20 milhões em caso de descumprimento

A Justiça de Santa Catarina emitiu uma decisão determinando que o Google bloqueie anúncios falsos envolvendo o empresário Luciano Hang e suas lojas Havan. Em caso de descumprimento da sentença, a multa estabelecida é de R$ 200 mil por cada propaganda ilegal divulgada. A medida foi tomada pela 2ª Vara Cível de Brusque, localizada no Vale do Itajaí, e tornada pública na segunda-feira (25). Até o momento da última atualização deste texto, não houve resposta do DE em relação a essa determinação judicial.

A determinação judicial estabelece que o DE terá um prazo de 48 horas para analisar todos os anúncios ativos e bloquear aqueles que configurem tentativas de golpe utilizando o nome, imagem e marca de Luciano Hang e das lojas Havan. O valor máximo da penalidade por descumprimento chega a até R$ 20 milhões, evidenciando a gravidade do caso e o compromisso com a proteção das marcas e reputação do empresário.

A ação que deu origem a essa decisão foi movida pela defesa de Luciano Hang e da Havan, alegando que as imagens das lojas e do empresário estavam sendo indevidamente utilizadas por golpistas que manipulam vídeos falsos com o auxílio de inteligência artificial. Consequentemente, as vítimas dessas ações fraudulentas acabam buscando ressarcimento, além de exigir a proibição dos anúncios falsos que envolvam o nome do empresário e da loja.

Na visão da juíza Joana Ribeiro, responsável pela sentença, a situação é grave, pois o modelo de contrato entre o Google e os anunciantes não oferece segurança suficiente para evitar crimes, causando danos morais às vítimas e gerando uma série de demandas judiciais. O Tribunal de Justiça de Santa Catarina já havia se posicionado anteriormente sobre a responsabilidade dos provedores de internet na veiculação de anúncios e patrocínios que violem a segurança e o propósito da plataforma.

Diante desse contexto, a decisão judicial reforça a importância de coibir práticas ilegais na publicidade online e a necessidade de garantir a veracidade e a segurança nas informações divulgadas através de anúncios pagos. A proteção da reputação e da integridade das marcas é crucial para preservar a confiança dos consumidores e evitar danos tanto materiais quanto morais decorrentes de anúncios fraudulentos. A vigilância e a punição efetiva contra essas práticas são essenciais para manter a integridade do ambiente digital e proteger os usuários de possíveis fraudes.

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Prefeitura de Guarapuava prorroga contrato de transporte público por mais 10 anos: entenda os detalhes e o futuro do sistema

A Prefeitura de Guarapuava, na região central do Paraná, prorrogou o contrato com a Transportes Coletivos Pérola do Oeste por mais 10 anos, podendo rescindi-lo no prazo de cinco anos. O grupo empresarial detém a concessão do transporte público da cidade desde 1973. O atual contrato, firmado em 2009, venceria em dezembro de 2024. Em julho de 2024, a prefeitura contratou um estudo por R$ 648,5 mil para a elaboração de um modelo de sistema de transporte público, que seria utilizado como base para uma nova licitação. Porém, o prazo de finalização vai até novembro de 2025 e, por isso, ele ainda não foi finalizado.

Segundo a prefeitura, são usadas mais de 15 mil passagens por dia no transporte público de Guarapuava. A tarifa técnica foi definida em R$ 8,50 por passageiro para os próximos doze meses. Para manter o valor da tarifa paga pelo usuário, a prefeitura vai subsidiar a diferença para a empresa. Dessa forma, os valores cobrados dos usuários continuam em: R$ 2,50 para quem usa o Guará Card e a meia passagem para estudantes; R$ 6 para quem paga em dinheiro; R$ 1 para cadastrados no Educard Guarapuava.

A prefeitura contratou um estudo para a elaboração de um novo modelo de sistema de transporte público menos de seis meses antes do vencimento do contrato com a Pérola do Oeste. A intenção era utilizá-lo como base para a criação de um edital de licitação para a escolha de uma nova empresa concessionária – porém, a Urbtec, responsável pelo estudo, pode finalizá-lo até novembro de 2025. O Município já adotou todas as medidas necessárias para que seja realizada a nova licitação. Todavia, por força da amplitude e da complexidade do assunto, a empresa contratada para a elaboração dos estudos e dos documentos que servirão de base para a nova licitação tem prazo contratual até 2025 para a entrega do relatório e documentos pertinentes ao Plano de Transporte Coletivo Urbano (PTU), afirma a prefeitura.

No site da prefeitura, o Município afirmou que a prorrogação visa “evitar prejuízos à população e assegurar que a nova gestão municipal tenha tempo hábil para formar suas próprias convicções quanto ao atual contrato e também sobre a nova licitação, que encontra-se em fase de estudos”. O DE questionou a prefeitura porque a prorrogação foi feita por mais dez anos ao invés de menos tempo e aguarda resposta. A Município também explica que o PTU se encontra na etapa de definição do escopo da concessão e proposta de modelo institucional para licitação, “sendo realizado o diagnóstico detalhado do sistema de transporte coletivo atual, além de estudos que auxiliarão na proposição do novo modelo de sistema para a cidade, que será desenvolvido na próxima etapa do plano”. Após a conclusão da fase de diagnóstico, o Município dará início ao estudo da proposição do novo sistema de transporte coletivo. A etapa seguinte definirá a oferta futura do transporte para o Município, estabelecendo o projeto básico e realizando a licitação para a nova operação.

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