A partir de 1º de agosto, o Morro da Serrinha voltará a ser uma Área de Preservação Permanente (APP) sem a presença de ocupações. O caráter sustentável do lugar estava sendo discutido judicialmente há aproximadamente oito anos. Um acordo entre com representantes de grupos que atuam na região com o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) estipulou o fim do próximo mês como prazo para a desapropriação.
O terreno pertence ao governo estadual e deve ser recuperado antes de ser transferido para a Prefeitura de Goiânia. Uma das edificações no terreno já foi um bar e atualmente era a sede do Instituto Grupo Resgate de Almas para Cristo (Igrac). Outro aglomeração na região era do grupo “1º é Deus”. Recentemente, eles estavam estendendo o espaço habitado com instalação de tendas.
A proposta é transformar o Morro da Serrinha em um parque com recursos público-privados. O espaço é usado por religiosos para cultos e até moradia, mas também é cena de crimes. Para atender parte do perfil assimilado ao longo dos anos, existe a possibilidade de construção de área ecumênica.
O Morro da Serrinha fica entre o Setor Pedro Ludovico e o Bairro Serrinha. Possui altitude de 816 metros e é considerado o segundo morro mais alto da capital, perdendo apenas para o Morro do Mendanha, com 841 metros de altitude. O local abriga o córrego Serrinha. É considerado um dos últimos remanescentes de Cerrado na área urbana de Goiânia com mais de 70 espécies nativas do Cerrado brasileiro, como pequi, jacarandá e cagaita.