Justiça determina multa de R$ 3 mil para empresário que recebeu cartão com xingamento

Justiça determina multa de R$ 3 mil para empresário que recebeu cartão com xingamento

Um morador da cidade goiana Caçu recebeu um cartão de crédito há cinco anos e, no lugar do sobrenome, havia um xingamento. Ele se espantou ao ver que o cartão estava em nome de “William Filho da Puta”. O empresário William Antunes Severino e a mãe, Jerônima Severino Vieira, de 77 anos, entraram na Justiça contra a operadora do cartão, já que a mulher também se sentiu ofendida.

Os dois, que moviam processos separados, pediram indenização por danos morais no valor de R$ 150 mil. No entanto, uma decisão saiu na terça-feira, 10, e a outra na tarde desta quarta-feira, 11, com valores de R$ 3 mil para as indenizações.

Segundo William, ele e a mãe se sentiram humilhados pelo banco e pela Justiça após a determinação. O empresário afirmou que vai recorrer da decisão.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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