Justiça determina volta do prefeito de Cachoeira de Goiás ao cargo

Justiça determina volta do prefeito de Cachoeira de Goiás ao cargo

A Justiça de Goiás determinou, nesta terça-feira, 4, a volta do prefeito de Cachoeira de Goiás, Geraldo Antônio Neto, ao cargo. O juiz substituto em segundo grau, Fernando de Mello Xavier, deferiu pedido de concessão de efeito suspensivo ao recurso do advogado de defesa do gestor, Leonardo Batista, interposto no último dia 22 de junho. (veja decisão)

Geraldo havia sido afastado por 60 dias em função de atrasos nos repasses ao fundo de previdência do município. A sentença sai em desfavor da decisão proferida pela juíza da Comarca de Aurilândia, Bianca Melo Cintra, em ação de Improbidade Administrativa, ajuizada pelo Ministério Público Estadual (MPGO).

Com a decisão, Geraldo Antônio Neto retorna imediatamente ao posto. “Recorremos porque, embora atrasado, foram feito os repasses. Além disso, de acordo com nova lei de improbidade, isso não seria motivo para afastar o prefeito do cargo, para o qual ele foi legitimamente eleito”, argumentou Leonardo Batista.

Argumentos

O magistrado considerou que, além do caráter excepcional que reveste a medida de afastamento do detentor de mandato eletivo prevista no artigo 20, §1º, da Lei de Improbidade Administrativa, os documentos acostados aos autos recursais indicam, embora com atraso, repasse de valores ao Instituto de Previdência Social de Cachoeira de Goiás – IPC.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) havia alegado que o atraso no repasse apresentava risco de danos ao sistema previdenciário e a servidores públicos da cidade, pois, a falta de pagamento poderia fazer com que os aposentados e pensionistas do município não recebam seus benefícios previdenciários.

“No que tange o perigo de dano ou risco ao resultado útil ao processo, dada a iminência de afastamento do agravante do cargo de chefe do executivo municipal, mostra-se oportuno, nesta fase processual, agir com cautela, mormente quando se mostra imprescindível uma análise acurada do acervo fático-probatório acostado aos autos originais e a este recurso”, salienta a decisão.

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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