Justiça Eleitoral devolve o tempo do PL coligação de Maguito

Nesta quinta-feira, 15, o colegiado do Tribunal Regional de Goiás (TRE-GO) decidiu, por unanimidade, derrubar a liminar que tirava o tempo do PL da chapa de Maguito Vilela (MDB). Na primeira quinzena de outubro, a decisão antecipada foi proferida pelo magistrado Vicente Lopes.

A Dra. Cristina (PL), alegou que teve seus direitos fundamentais de ampla defesa e contraditórios cercados, devido a sua candidatura ter sido  impugnada antecipadamente “e [o juízo anterior] não lhe oportunizou manifestar sobre documentos juntados”, afirmou.

O relator, juiz Vicente Lopes, votou pela devolução tempo. “Julgo parcialmente procedente os pedidos exordiais para atribuir efeito suspensivo ao recurso eleitoral, concernente à parte da sentença que julgou improcedente o pedido da Ação de Impugnação de Registro de Candidatura (AIRC), proposta pela requerente, e pela revogação da liminar que determinou a suspensão do tempo de rádio e televisão da coligação requerida, no  tempo proporcional à representação do Partido Liberal (PL), até que se julgue o recurso interposto na sobredita AIRC, devolvendo o tempo reservado ao PL para a coligação ‘Pra Goiânia Seguir em Frente”, relatou.

Acompanharam o relator: o juiz Alderico Rocha Santos; o juiz Márcio Antônio; o desembargador Luiz Eduardo de Sousa.

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Mauro Cid confirma ao STF que Bolsonaro sabia de trama golpista

Em depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estava ciente de um plano para um golpe de Estado. O ex-ajudante de ordens foi ouvido pelo ministro Alexandre de Moraes na última quinta-feira, 21, para esclarecer contradições entre sua delação premiada e as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF).

De acordo com informações apuradas pela PF, a investigação revelou a existência de um plano envolvendo integrantes do governo Bolsonaro para atentar contra a vida de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes. Contudo, os advogados de Mauro Cid negam que ele tenha confirmado que Bolsonaro estava diretamente envolvido na liderança do suposto plano de execução.

Após prestar depoimento por mais de três horas, o advogado de Cid, Cezar Bittencourt, declarou que seu cliente reiterou informações já apresentadas anteriormente. A advogada Vania Adorno Bittencourt, filha de Cezar, declarou ao Metrópoles que Bolsonaro sabia apenas da tentativa de golpe.

O ministro Alexandre de Moraes validou a colaboração premiada de Mauro Cid, considerando que ele esclareceu omissões e contradições apontadas pela PF. O depoimento foi o segundo do tenente-coronel nesta semana, após a recuperação de arquivos deletados de seus dispositivos eletrônicos pela PF.

Bolsonaro indiciado pela Polícia Federal

No mesmo dia, a Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 36 pessoas por envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O relatório foi entregue ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo caso no STF.

Entre os indiciados estão os ex-ministros Braga Netto e Augusto Heleno, além do presidente do PL, Valdemar Costa Neto. O grupo é acusado de crimes como abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa, atuando em seis núcleos distintos.

Bolsonaro, em resposta, criticou a condução do inquérito, acusando Moraes de “ajustar depoimentos” e realizar ações fora do que prevê a lei. As investigações continuam em andamento, com implicações graves para os envolvidos.

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