Última atualização 02/10/2022 | 15:24
Na tarde deste domingo, 2, o juiz eleitoral Wilton Müller Salomão determinou a suspensão da venda da “picanha mito” em Goiânia. O Frigorífico Goiás realizou uma promoção em alusão ao candidato à presidência Jair Bolsonaro (PL), diminuindo o preço da picanha de R$ 129,99 para R$ 22. Os valores causaram tumulto no local.
Entenda o caso da picanha em Goiânia
Utilizando a imagem de Bolsonaro para divulgar a promoção, o Frigorífico Goiás abaixou em 83,07% o valor da carne. As regras eram de que cada pessoa poderia pegar apenas duas peças, no máximo, e que precisariam estar vestindo a camisa da Seleção Brasileira no ato da compra em Goiânia.
A promoção, inclusive, gerou tumulto, e pessoas chegaram a quebrar os vidros do comércio na Capital. A coligação Juntos por Goiás e pelo Brasil, com formação do PT, PC do B e PV, entrou com liminar contra o Frigorífico Goiás. A Justiça Eleitoral acatou o pedido.
“A venda de carne nobre em preço manifestamente inferior ao praticado no mercado, no valor de R$ 22,00 (vinte dois reais), revela indícios suficientes para caracterizar, em sede de um juízo não exauriente, conduta possivelmente abusiva do poder econômico em detrimento da legitimidade e isonomia do processo eleitoral, apta a legitimar a concessão da tutela de urgência”, diz a decisão oficial.
Além disso, o juiz Wilton Müller Salomão determinou que o estabelecimento em Goiânia receba uma multa de R$ 10 mil. O valor é válido para cada hora que a promoção estiver no ar.