Justiça manda candidatos a prefeito e a vice de Fazenda Nova retirarem adesivos de veículos

O juiz Eduardo Perez Oliveira, da 79ª Zona Eleitoral, que engloba Fazenda Nova, determinou que os candidatos Marcus Vinícius Azeredo Costa e José Helder Vaz Júnior, retirem no prazo de 24h,  sob pena de multa de R$ 5 mil, por veículo, os adesivos de propaganda irregulares. A medida atende à representação por prática de propaganda eleitoral extemporânea do Ministério Público Eleitoral.

 

Marcus Vinícius e José Helder são candidatos, respectivamente, a prefeito e a vice-prefeito do município, pela coligação A Hora é Agora. Na representação, o promotor eleitoral Cauê Alves Ponce Liones apontou que o adesivo foi colocado no dia 26 de setembro, no no distrito de Bacilância, antes do prazo permitido pela legislação. Além disso, causou uma aglomeração de pessoas sem as medidas adequadas para o controle de transmissão da Covid-19.

O promotor eleitoral informou que o adesivo feriu as normas eleitorais disciplinadoras de atos de propaganda eleitoral e o “consequente desequilíbrio imposto à disputa ao cargo de máximo do Poder Executivo municipal”, devido a sua extemporaneidade. Cauê Alves Ponce Liones declarou que ficou clara a promoção de aglomeração de pessoas para colar os adesivos de campanha, indo contra as recomendações publicadas na Nota Técnica nº 14/2020, da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) e reproduzidas na Portaria Conjunta nº 1/2020, do Juízo Eleitoral e Promotoria Eleitoral da 79ª Zona Eleitoral. 

Segundo Cauê Alves Ponce Liones, as notas técnicas buscam adequar a propaganda eleitoral ao momento da pandemia da Covid-19 e as normas sanitárias vigentes. O promotor acrescentou que foi recomendado a não realização de eventos presenciais ou aglomeração com mais de dez pessoas, em que não for respeitado o distanciamento mínimo de dois metros e uso de máscara facial, assim como passeatas. Os comícios devem ser realizados em drive-in, sem a permissão das pessoas deixarem os veículos e as carreatas devem garantir que as pessoas permaneçam nos veículos.

🔔Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp

BYD cancela contrato com empreiteira após polêmica por trabalho escravo

Na noite de segunda-feira, 23, a filial brasileira da montadora BYD anunciou a rescisão do contrato com a empresa terceirizada Jinjiang Construction Brazil Ltda., responsável pela construção da fábrica de carros elétricos em Camaçari, na Bahia. A decisão veio após o resgate de 163 operários chineses que trabalhavam em condições análogas à escravidão.

As obras, que incluem a construção da maior fábrica de carros elétricos da BYD fora da Ásia, foram parcialmente suspensas por determinação do Ministério Público do Trabalho (MPT) da Bahia. Desde novembro, o MPT, juntamente com outras agências governamentais, realizou verificações que identificaram as graves irregularidades na empresa terceirizada Jinjiang.

Força-tarefa

Uma força-tarefa composta pelo MPT, Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Defensoria Pública da União (DPU) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), além do Ministério Público Federal (MPF) e Polícia Federal (PF), resgatou os 163 trabalhadores e interditou os trechos da obra sob responsabilidade da Jinjiang.

A BYD Auto do Brasil afirmou que “não tolera o desrespeito à dignidade humana” e transferiu os 163 trabalhadores para hotéis da região. A empresa reiterou seu compromisso com o cumprimento integral da legislação brasileira, especialmente no que se refere à proteção dos direitos dos trabalhadores.

Uma audiência foi marcada para esta quinta-feira, 26, para que a BYD e a Jinjiang apresentem as providências necessárias à garantia das condições mínimas de alojamento e negociem as condições para a regularização geral do que já foi detectado.

O Ministério das Relações Exteriores da China afirmou que sua embaixada e consulados no Brasil estão em contato com as autoridades brasileiras para verificar a situação e administrá-la da maneira adequada. A porta-voz da diplomacia chinesa, Mao Ning, em Pequim, destacou que o governo chinês sempre deu a maior importância à proteção dos direitos legítimos e aos interesses dos trabalhadores, pedindo às empresas chinesas que cumpram a lei e as normas.

Receba as notícias do Diário do Estado no Telegram do Diário do Estado e no canal do Diário do Estado no WhatsApp