Justiça mantém prisão de policial suspeito de atirar em bombeiro

Após audiência de custódia, a Justiça goiana manteve a prisão do policial civil aposentado suspeito de atirar em um sargento do Corpo de Bombeiros. O caso aconteceu na manhã desta sexta-feira, 3, quando o policial e seu filho começaram a agredir o bombeiro num posto de combustível no Setor Jardim Europa, em Goiânia, motivados por uma briga de trânsito.

Segundo o advogado do policial, Deosvaldo Rocha, a defesa vai entrar com um pedido de habeas corpus na Justiça. Rocha alega que o cliente só realizou os disparos para defender seu filho, que havia sido baleado pelo sargento. Deosvaldo frisa que vai usar o argumento de legítima defesa do policial civil.

Câmeras de segurança registam o momento quando o sargento chega no posto numa moto sendo perseguido pelo policial civil aposentado e seu filho, que estavam numa caminhonete. Assim que os veículos pararam, os homens desceram e logo começaram as agressões físicas ao bombeiro. O sargento tenta fugir, mas não consegue e em seguida saca sua arma e atira no filho do policial aposentado. Em resposta, o policial saca a arma e atira.

Em nota, o Corpo de Bombeiros informou que o sargento foi atingido por duas balas (uma delas de raspão), e posteriormente passou por cirurgia no Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) para retirada de projétil. O bombeiro já teve alta.

O filho do policial civil aposentado também precisou passa por cirurgia para retirada dos disparos feitos pelo bombeiro. Ele ainda não teve alta, e vai responder por lesão corporal. Foi lavrada a prisão em flagrante para o policial aposentado, que responde pelo crime de tentativa de homicídio.

A Polícia Civil esclarece, em nota, que não concorda com este tipo de conduta violenta e vai apurar o ocorrido de forma minuciosa, visando o seu pleno esclarecimento.

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Ponte TO-MA: Agência irá avaliar qualidade da água de rio após queda de ponte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta terça-feira, 24, que está avaliando a qualidade da água no Rio Tocantins, na área onde desabou a ponte Juscelino Kubitschek, entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). Essa medida se justifica devido à informação de que alguns dos caminhões que caíram no rio após a queda da ponte carregavam pesticidas e outros compostos químicos.

O foco das análises está no abastecimento de água a jusante (rio abaixo) a partir do local do acidente. A ANA, em conjunto com a Secretaria de Meio Ambiente do Maranhão, vai determinar os parâmetros básicos de qualidade da água e coletar amostras para as análises ambulatoriais. O objetivo é detectar os principais princípios ativos dos pesticidas potencialmente lançados na coluna d’água do rio Tocantins.

As notas fiscais dos caminhões envolvidos no desabamento apontam quantidades consideráveis de defensivos agrícolas e ácido sulfúrico na carga dos veículos acidentados. No entanto, ainda não há informações sobre o rompimento efetivo das embalagens, que, em função do acondicionamento da carga, podem ter permanecido intactas.

Devido à natureza tóxica das cargas, no domingo e segunda-feira, 23, não foi possível recorrer ao trabalho dos mergulhadores para as buscas submersas no rio. O Corpo de Bombeiros do Maranhão confirmou nesta terça-feira, 24, a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem) e o desaparecimento, até o momento, de 13 pessoas.

Sala de crise

Na quinta-feira, 26, está prevista a reunião da sala de crise para acompanhamento dos impactos sobre os usos múltiplos da água decorrentes do desabamento da ponte sobre o rio Tocantins. Além da própria ANA, outros órgãos participam da sala de crise, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Ministério da Saúde.

O Dnit está com técnicos no local avaliando a situação para descobrir as possíveis causas do acidente. Segundo o órgão, o desabamento foi resultado porque o vão central da ponte cedeu.

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