O suspeito de vazar fotos da autópsia dos cantores sertanejos Marília Mendonça e Cristiano Araújo, e do cantor Gabriel Diniz teve a prisão preventiva mantida, segundo informações do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). Conforme informado na sexta-feira, 1º, a decisão em desfavor de André Felipe de Souza Pereira Alves foi tomada pela 2ª Vara Criminal de Santa Maria.
A cantora Marília Mendonça faleceu em 05 de novembro de 2021, após o avião em que ela e a equipe estavam cair em Piedade de Caratinga, Minas Gerais. As imagens da autópsia da cantora circularam pelas redes sociais em abril deste ano. O suspeito confessou que publicou as fotos no Twitter e foi preso na mesma semana. Em maio, o TJDFT aceitou a denúncia do Ministério Público (MP) contra André.
O crime se enquadra em vilipêndio, que é quando um indivíduo humilha e desrespeita um cadáver.
Na época, o irmão de Marília Mendonça, João Gustavo Dias, e a mãe da cantora, Ruth Dias, criaram um e-mail que tinha como objetivo receber denúncias sobre pessoas que compartilharam as fotos nas redes sociais.
Entenda o caso
Preso no dia 17 de abril, o homem suspeito de vazar fotos da necropsia da cantora Marília Mendonça feita no Instituto de Medicina Legal (IML) de Minas Gerais, confessou a autoria do crime. A informação foi confirmada pelo delegado Eduardo Fabbro.
De acordo com a Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o suspeito, um jovem de 22 anos, foi preso em flagrante em Santa Maria.
Ainda segundo o delegado responsável pelo caso, Eduardo Fabbro, além de Marília Mendonça, o homem confessou ter vazado fotos dos cantores Cristiano Araújo e Gabriel Diniz. Ele obteve as imagens de forma clandestina e as distribuía sem qualquer tipo de autorização por meio do Twitter.
O homem foi preso na operação batizada de Fenir – na mitologia nórdica, Fenir é um lobo monstruoso –, e tem como objetivo reprimir os crimes envolvendo o vazamento desse tipo de imagem na internet, como o caso de Marília Mendonça.
No Brasil, a pena para quem pratica o crime de vilipêndio de cadáver pode ser de detenção de 1 (um) a 3 (três) anos e pagamento de multa, e está prevista no art. 212 do Código Penal.