Neste domingo, 8, a Justiça paulista decidiu manter a prisão de Matheus Soares Brito, um dos suspeitos de envolvimento na execução do delator Vinícius Lopes Gritzbach, ocorrida no Aeroporto Internacional de Guarulhos em 8 de novembro. Brito foi preso na madrugada de sábado, 7, e passou por audiência de custódia na manhã do mesmo dia.
A ação de atiradores no aeroporto resultou em duas mortes: a de Gritzbach e a de um motorista de aplicativo que estava trabalhando no local. De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), não foi verificada nenhuma irregularidade no cumprimento do mandado de prisão que havia contra Brito, decorrente de uma investigação criminal que corre sob segredo de Justiça.
Outras prisões
Além de Brito, outros dois rapazes, Allan Pereira Soares e Marcos Henrique Soares, foram presos na madrugada de sábado pela polícia de São Paulo. No entanto, eles não tinham mandado de prisão expedido e foram detidos em flagrante por porte de arma de fogo, não relacionado ao crime no aeroporto. Em audiência de custódia, o TJSP considerou ilegais as prisões de ambos, e a prisão em flagrante foi relaxada por ilegalidade, com pedido neste sentido da representante do Ministério Público.
Após as prisões, os três suspeitos foram levados para o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na capital paulista, onde foram ouvidos. “Houve a apreensão de munições e aparelhos de celular, que serão periciados. As investigações seguem sob sigilo”, informou a Secretaria de Segurança Pública (SSP).
Assassinato
Vinícius Lopes Gritzbach fez um acordo de delação com o Ministério Público (MP) do Estado de São Paulo em março de 2024. O conteúdo da delação é sigiloso, mas no último mês de outubro, o MP encaminhou à Corregedoria da Polícia trechos do documento, em que o delator denuncia policiais civis por extorsão. Em 31 de outubro, Gritzbach foi ouvido na Corregedoria, oito dias antes de ser morto. Além disso, Gritzbach também delatou um esquema de lavagem de dinheiro utilizado pelo grupo criminoso PCC.