O acusado, Janildo, aposentado por invalidez, tem histórico criminal que inclui furto, roubo, tráfico de drogas, homicídio e estupro — este último cometido contra a própria enteada em 2022, em Rio Verde. No momento do crime contra Amélia Vitória, ele morava com a mãe e a irmã no entorno de Goiânia.
O Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciou Janildo, e a Justiça aceitou a acusação, tornando-o réu. A defesa tentou reduzir as penas, alegando transtornos mentais, mas o juiz manteve a decisão de levá-lo a júri popular pelos crimes de homicídio qualificado, estupro, sequestro e ocultação de cadáver.
O crime
Amélia Vitória desapareceu em 30 de novembro de 2023, ao sair para buscar a irmã na escola no Residencial Astória. Como sua bicicleta estava quebrada e chovia, ela foi a pé e deixou o celular em casa. A família só percebeu o sumiço quando a escola avisou que a criança não havia sido buscada.
Câmeras de segurança registraram Amélia caminhando sozinha pouco antes de desaparecer. Dois dias depois, um corpo foi encontrado no Parque Hayala. O pai reconheceu a calça da filha, e exames confirmaram sua identidade.
As provas
A investigação apontou que Janildo abordou Amélia na rua, levando-a para uma casa na Rua Amaraí, onde a violentou sob ameaça. Depois, a transportou para outro local no Parque Hayala, onde continuou os abusos por horas. Para encobrir o crime, ele a asfixiou e escondeu o corpo, abandonando-o posteriormente na Avenida Abel Chaveiro.
Exames de DNA confirmaram o estupro, e imagens de câmeras, além de testemunhas, ligaram Janildo diretamente ao crime. Laudos periciais também revelaram marcas de luta, indicando resistência da vítima.
Decisão judicial
O juiz Leonardo Fleury Curado Dias rejeitou o pedido da defesa para reclassificar o crime e manteve todas as acusações. Janildo permanece preso preventivamente devido à gravidade dos crimes e seus antecedentes criminais. O julgamento por júri popular será a próxima etapa do processo.