O julgamento do ex-policial militar acusado de estuprar e matar seu sobrinho de 12 anos, Andrei Ronaldo Goulart Gonçalves, teve início em Porto Alegre. O réu, Jeverson Olmiro Lopes Goulart, responde por homicídio duplamente qualificado e estupro de vulnerável. O caso foi reaberto após a insistência da família do adolescente, especialmente da mãe de Andrei.
Andrei foi encontrado morto em seu quarto com uma marca de tiro na testa em 2016. Inicialmente, o caso foi investigado como possível suicídio, mas foi reaberto pelo Ministério Público. A denúncia foi aceita em 2020, e o júri está sendo realizado no Foro Central, com a juíza Anna Alice da Rosa Schuh conduzindo os trabalhos.
O réu está em liberdade e acompanha o julgamento por videoconferência, enquanto as acusações serão ouvidas por cinco testemunhas. A defesa de Jeverson não arrolou testemunhas. A mãe da vítima, Catia Goulart, desconfiava da investigação inicial e das provas colhidas, o que culminou na reabertura do caso.
No dia do crime, Catia saiu de casa e deixou Andrei aguardando a chegada do tio para tomar chimarrão. Ao retornar, notou a mudança de comportamento do filho e, mais tarde, foi acordada pelo irmão relatando a tragédia. Ela encontrou o filho morto com um ferimento na cabeça. Jeverson confessou que o sobrinho estava com sua arma.
Durante o depoimento, Jeverson alegou que acordou com o barulho do disparo e encontrou o sobrinho ensanguentado na cama. Ele alertou os moradores sobre a presença da arma antes do incidente. A mãe de Andrei questionou a tese de suicídio, apontando inconsistências na carta encontrada posteriormente.
A mãe de Andrei persistiu na busca por justiça, o que resultou na reabertura do caso pelo Ministério Público. A Polícia Civil, inicialmente, não planejava reabrir a investigação. O desfecho do julgamento aguarda a decisão do júri, que determinará o destino do réu acusado de estupro e homicídio do jovem Andrei em Porto Alegre.




