Justiça proíbe realização da Expoagro e outros eventos, em São Miguel do Araguaia

Justiça proíbe realização da Expoagro e outros eventos, em São Miguel do Araguaia

A Justiça proibiu o município de São Miguel do Araguaia, região Noroeste de Goiás, de realizar os eventos Carnaraguaia e Expoagro SMA com verbas públicas. As festividades estão previstas para começar nesta quarta-feira, 29, e seguir até o próximo domingo, 3. A determinação do juiz Camilo Schubert Lima, ocorreu após pedido do Ministério Público de Goiás (MP-GO).

O texto prevê também a suspensão imediata de todos os contratos e procedimentos de contratação que digam respeito ao financiamento público desses eventos, o que inclui a realização de shows.

Proibição da Expoagro

No pedido, o promotor de Justiça Rafael Correa Costa, titular da 1ª Promotoria da comarca, argumentou que os gastos excessivos com eventos festivos são incompatíveis com a saúde financeira do município, que possui cerca de 22 mil habitantes.

Em caso de descumprimento, foi fixado o pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil para cada um dos gestores públicos responsáveis e os representantes das empresas contratadas.

Além disso, o juiz apontou que a falta de razoabilidade na seleção das prioridades dos gastos públicos, em detrimento da resolução de sérios problemas que assolam a população local.

“Não é razoável admitir-se que tais valores sejam alocados em eventos festivos, em um município que indica deficiências de várias ordens em diversos setores de primeira necessidade, principalmente relacionadas à saúde e educação, sobretudo quando se considera a situação delicada pela qual vários entes federativos passam em um contexto de pandemia e de grave crise econômica”, escreveu o juiz na decisão.

Também foi ressaltado que as investigações por parte do MP ainda estão em fase preliminar, não sendo possível detectar todas as irregularidades que envolvem os fatos, como eventuais desvios de finalidade, ilicitudes nos procedimentos licitatórios ou sobrepreço.

A Expoagro está programada para acontecer nesta quarta-feira, 29, e seguir até domingo,3. Já em julho, está agendado o Carnaraguaia, previsto para acontecer entre os dias 9 e 29. O custo total dos eventos é de aproximadamente R$ 1 milhão, que seria pago com recursos públicos municipais.

Programação da Expoagro 2022:

  • 30/06 – Quinta-feira
    Cléber & Cauan
    Abertura do Rodeio
  • 1º/07 – Sexta-feira
    João Bosco & Gabriel
    Rodeio
  • 02/07 – Sábado
    Paraná
    Erik & Thiago
    odeio
  • 03/07 – Domingo: Entrada Franca
    Forró Top 10
    Renatinho dos Teclados
    Final do Rodeio

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Quatro estudantes da PUC-SP são desligados após se envolverem em atos racistas durante jogo

Quatro estudantes de Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) foram desligados de seus estágios em escritórios de advocacia após um vídeo viralizar nas redes sociais, mostrando atos de racismo e aporofobia cometidos durante uma partida de handebol nos Jogos Jurídicos Estaduais. O incidente ocorreu no último sábado, 17, em Americana, interior de São Paulo. Nos registros, os alunos ofenderam colegas da Universidade de São Paulo (USP), chamando-os de “cotistas” e “pobres”.

As demissões foram confirmadas por meio de notas oficiais enviadas às redações. O escritório Machado Meyer Advogados, por exemplo, anunciou a demissão de Marina Lessi de Moraes, afirmando que a decisão estava alinhada aos seus valores institucionais, com o compromisso de manter um ambiente inclusivo e respeitoso. O escritório Tortoro, Madureira e Ragazzi também confirmou a dispensa de Matheus Antiquera Leitzke, reiterando que não tolera práticas discriminatórias em suas instalações. O Castro Barros Advogados fez o mesmo, informando que Arthur Martins Henry foi desligado por atitudes incompatíveis com o ambiente da firma. O escritório Pinheiro Neto Advogados também comunicou que Tatiane Joseph Khoury não faz mais parte de sua equipe, destacando o repúdio ao racismo e qualquer forma de preconceito.

Repercussão do caso

O episódio gerou forte indignação nas redes sociais e foi amplamente criticado. O Centro Acadêmico XI de Agosto, que representa os alunos da Faculdade de Direito da USP, se manifestou, expressando “espanto, indignação e revolta” com as ofensas racistas e aporofóbicas proferidas pelos alunos da PUC-SP. A instituição ressaltou que o incidente representou uma violência contra toda a comunidade acadêmica.

Em resposta, a reitoria da PUC-SP determinou a apuração rigorosa dos fatos pela Faculdade de Direito. Em comunicado, a universidade afirmou que os responsáveis serão devidamente responsabilizados e conscientizados sobre as consequências de suas atitudes. A PUC-SP reiterou que manifestações discriminatórias são inaceitáveis e violam os princípios estabelecidos em seu Estatuto e Regimento.

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